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iFood cria fundo de R$ 8 milhões para ajudar no combustível de entregadores

Por| Editado por Claudio Yuge | 18 de Outubro de 2021 às 16h20

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iFood/Divulgação
iFood/Divulgação

Mais um aumento no preço dos combustíveis, de 7,2% para as distribuidoras (em setembro, a alta total era de 39,60% em 12 meses), fez o iFood anunciar a criação de um fundo de R$ 8 milhões para amenizar os impactos para os entregadores. O incentivo deve ser liberado ao longo de novembro e dezembro para os trabalhadores.

Além disso, a plataforma pretende reajustar o preço do quilômetro rodado — para os entregadores, isso pode representar até 8% a mais em ganhos. Essa será a segunda revisão de preços do ano: em abril, a tarifa mínima passou para R$ 5,31, independentemente da distância, e houve acréscimo em rotas mais longas.

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Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) aponta que os entregadores tiveram queda de 58,9% em seus rendimentos em 2020. O levantamento ouviu 298 pessoas em 29 cidades.

E isso mesmo com o aumento das jornadas de trabalho. Antes da pandemia, 38,2% deles trabalhavam até oito horas por dia, 54,1%, entre nove e 14 horas, e 7,8%, mais de 15 horas. Durante a quarentena, 43,3% trabalhavam até oito horas diárias e 56,7% por mais de nove horas ao dia.

Entre os entrevistados, 78,1% faziam entregas em seis ou sete dias por semana. No período pré-pandemia, cerca de metade recebia até R$ 520 por semana. Durante a crise, 71,9% recebem até R$ 520 e 83,7%, até R$ 650. Segundo o iFood, entretanto, a média de rendimentos de um entregador por hora trabalhada é cinco vezes maior do que o equivalente a uma hora do salário mínimo.

Aumento na procura

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O iFood está hoje em 908 cidades brasileiras. Desde julho de 2020, a quantidade de empresas associadas aumentou 1.329% e, atualmente, mais de 33 mil estabelecimentos, entre mercados, conveniências, petshops e farmácias, são parceiros do serviço. Até o fim do ano, o app quer ter 40 mil estabelecimentos disponíveis e dobrar a quantidade de localidades em que está presente.

A procura pelo serviço de entregas de refeições aumentou muito durante a pandemia: em março de 2021, a plataforma recebeu 60 milhões de pedidos, contra os 30,6 milhões do início de 2020. Não há dados oficiais sobre o número de entregadores cadastrados na plataforma.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia, que representa empresas de delivery como iFood, 99 Food e Uber Eats, diz, em nota, que as plataformas estão abertas ao diálogo e buscam ajudar os entregadores parceiros. "Estão atentas à realidade dos diversos perfis de entregadores e reafirmam seu compromisso em dialogar de forma transparente e colaborativa", informa.

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Fonte: Uol