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Executivos da Telefônica Brasil e TIM consideraram a compra de ativos da Oi

Por| 30 de Outubro de 2019 às 20h20

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G1/Paulo Whitaker/Reuters
G1/Paulo Whitaker/Reuters
Tudo sobre Oi

Desde 2016, a quarta maior operadora de telecomunicações do país, a Oi, enfrenta penoso processo de recuperação judicial. Nesse cenário, o vice-presidente de operações da Oi, Rodrigo Abreu, tem afirmado que a operadora deve considerar a venda de sua operação de telefonia móvel, caso receba ofertas significativas, desde que assumiu o processo de reestruturação da empresa.

A partir disso, rumores começaram a circular pelo mercado. No começo de outubro, o jornal espanhol Expansión afirmou que a Telefônica estava trabalhando em acordo com suas duas principais concorrentes, a TIM e a Claro, para a compra de ativos de telefonia móvel da Oi, baseado em fontes próximas ao processo. Agora, essas especulações ganham forma com executivos da Telefônica Brasil e da TIM considerando a compra de ativos, da maneira separada, da rival Oi, caso sejam colocados à venda, fonforme afirmaram na terça-feira (29) durante a feira de telecomunicações Futurecom.

“Como presidente-executivo de uma operadora de capital aberto, eu tenho o dever de acompanhar se isso gera ou não valor para meus acionistas se estes ativos forem colocados à disposição”, afirmou o presidente-executivo da TIM, Pietro Labriola. Com a declaração, a empresa muda de postura depois de ter negado qualquer negociação no mês de setembro.

Por sua vez, o presidente-executivo da Telefônica Brasil, Christian Gebara, afirmou que a empresa teria interesse em avaliar a compra da operação de telefonia móvel da Oi, movido, principalmente, por suas frequências. “Esta decisão vai depender de quais frequências serão leiloadas para o 5G e quais ativos móveis serão colocados à venda ... Vamos analisar o panorama completo”, conclui Gebara.

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Além das operadoras, a Claro, da América Móvil, também está aberta para um possível acordo com a Oi.

5G no Brasil

Na ocasião, tanto o executivo Gebara quanto o Labriola foram questionados sobre o aguardado Leilão 5G, previsto inicialmente para março de 2020 e, agora, para o segundo semestre do ano que vem.

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Ambos enfatizaram que é muito cedo para especular sobre as regras para o leilão do 5G, uma vez que a Anatel ainda está conduzindo testes de interferência sobre outros serviços.

“Vai ser um problema se isso acontecer amanhã com regras que não beneficiam a indústria ou o país... Eu ficaria satisfeito se o leilão ocorrer mais tarde, mas com as regras certas que possam garantir o retorno de nosso investimento”, fala Labriola. Já Gebara espera mudanças estruturais adicionais para garantia do sucesso do lançamento do 5G no Brasil.

Fonte: Reuters