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Elon Musk diz qual é o grande problema na aquisição do Twitter — e não é a China

Por| Editado por Claudio Yuge | 22 de Junho de 2022 às 16h20

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Reprodução/Steve Jurvetson/Wikimedia Commons
Reprodução/Steve Jurvetson/Wikimedia Commons

Elon Musk advertiu, em uma entrevista à Bloomberg, que há problemas a serem resolvidos antes dele concluir a aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões (R$ 226 bilhões). Como ele vem dizendo, ele ainda quer medir precisamente quantos bots existem na rede social, além de estar atrás de todo o financiamento para o negócio. Mas ele nega especulações de que a política da China será um problema.

Para o bilionário, a proporção de contas falsas, de spam e bots na plataforma "ainda é um assunto muito significativo", disse no Fórum Econômico do Catar, em Doha. "E, claro, há questões como se a parcela da dívida do negócio se resolverá e se os acionistas votarão a favor [da aquisição]".

Uma teoria apontada por especialistas é que as operações comerciais de Musk na China causariam problemas; afinal, o país adota políticas rígidas de moderação de conteúdo na internet, o que conflita com a postura do empresário como "absolutista da liberdade de expressão".

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Atualmente o Twitter está banido para o público chinês, mas o país o usa para se comunicar com o exterior, às vezes com a ajuda de seus próprios bots de spam. Em paralelo, a montadora Tesla — uma das empresas de Musk — tem uma fábrica no país asiático. Ela poderia sofrer sanções econômicas se o magnata decidir derrubar os bots governamentais de Pequim. Ainda assim, Musk disse não prever problemas para seus negócios no país se ele concluir a aquisição.

Depois de fazer um acordo para comprar o Twitter por US$ 54,20 (R$ 279,18) cada ação em abril, o magnata questionou várias vezes as estatísticas da empresa sobre contas falsas. Isso aumentou especulações de que ele queria baixar o valor do acordo ou desistir completamente dele. Enquanto isso, alguns bancos como Morgan Stanley, Bank of America e Barclays já forneceram a Musk US$ 13 bilhões (R$ 67 bilhões) de financiamento da dívida para apoiar a aquisição.

O empresário também comentou no fórum do Catar suas ideias para melhorar o serviço do Twitter, ou se assumiria pessoalmente a direção da empresa. "Idealmente, eu gostaria de dirigir 80% [do Twitter] na América do Norte e talvez, não sei, em metade do mundo ou definitivamente algo do Twitter de uma forma ou de outra", disse ele. "E isso significa que [a plataforma] deve ser atraente para as pessoas. Obviamente não pode ser um lugar onde as pessoas se sentem desconfortáveis ou assediadas, senão simplesmente não vão usá-lo."

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Fonte: Bloomberg