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Consumidores gastaram R$ 183 bilhões em apps nos 1º trimestre de 2021

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 01 de Abril de 2021 às 18h30

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Rob Hampson/Unsplash
Rob Hampson/Unsplash

A pandemia da COVID-19 pode ter impactado negativamente quase todos os setores da economia, mas tem causado uma explosão no setor de aplicativos digitais. Em 2021, a tendência de alta notada no ano passado se manteve: o primeiro trimestre deste ano registrou um novo recorde de US$ 32 bilhões gastos em apps para iOS e Android.

Para se ter uma ideia do tamanho disso, o valor representa cerca de R$ 183 milhões e um aumento de 40% quando comparado ao mesmo período de 2020. Este é o maior montante já registrado em apenas um trimestre na história, segundo aponta o levantamento realizado pela App Annie.

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No ano passado, o download de aplicativos e os gastos cresceram a partir de janeiro, com forte apelo para o segmento de produtividade, escola, compras online, fitness e jogos, principalmente. A pesquisa anterior, de 2020, havia revelado um total de 218 bilhões de downloads globais e um gasto de US$ 143 bilhões.

O bom resultado parece mesmo estar atrelado ao crescimento do isolamento social e das medidas de lockdown no mundo inteiro. Com mais tempo em casa, as pessoas investiram na aquisição de apps para melhorar a qualidade do home office ou voltados para o entretenimento.

2021 promete ser ainda melhor para a indústria

Essa tendência de alta continuará em 2021, ao que parece, com os consumidores gastando ainda mais nos próximos meses. Embora o iOS tenha apresentado um gasto maior do consumidor do que o Android no trimestre — US$ 21 bilhões contra US$ 11 bilhões, respectivamente — ambas as lojas cresceram o mesmo percentual, 40%.

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A diferença principal entre a App Store e a Play Store está no tipo de aplicativos que impulsionaram o crescimento. Ambas tiveram bastante apelo no setor de games e de entretenimento, incluindo plataformas de vídeos e streamings. A loja da Apple, contudo, teve apelo junto aos editores de fotos e vídeos, enquanto a do Google foi mais impactada pelas redes sociais.

Por downloads, as categorias também apresentaram diferenças entre as lojas. No Google Play, o segmento de mídias sociais, ferramentas utilitárias e de finanças tiveram o maior crescimento. Na plataforma rival, games, finanças e redes sociais contribuiram para a explosão no iOS. Na loja do Android, outras categorias de destaque incluíram clima (40%) e namoro (35%), enquanto o iOS viu os downloads de aplicativos de saúde e condicionamento físico crescerem em 25%.

Aplicativos mais baixados no primeiro trimestre

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Em quantidade de apps baixados, o TikTok foi apontado pelo estudo como o mais descarregado para os celulares nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2021. Na segunda colocação aparece o Facebook, seguido pelo Instagram, Telegram e WhatsApp.

Já no quesito gastos, o YouTube é quem lidera o ranking, possivelmente em razão do plano premium sem anúncios. A segunda posição fica com a rede social chinesa já citada e a terceira com aplicativo de namoros Tinder. Surpreendetemente, na quarta e quinta posições aparecem dois serviços de streaming de vídeos: a Disney+ (lançada há pouco tempo) e a Tencent Video (serviço popular apenas na China).

Quando o assunto é a atividade do usuário, aí o Facebook e seus produtos reinam absolutos nas primeiras posições. A rede social é a número um, seguida pelo WhatsApp, Facebook Messenger e Instagram. O quarteto permanece com o monopólio de reunir mais usuários em quase todas as partes do mundo.

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O levantamento também reservou espaço para os estreantes, os programas "arrasadores" que chegaram com tudo no começo deste ano. Neste setor, o mensageiro focado em privacidade Signal teve o maior crescimento, seguido de perto pelo Telegram. Outro aplicativo considerado "revolucionário" pelo App Annie foi o MX TakaTak, solução para preencher a lacuna no mercado de vídeos curtos resultante da proibição do TikTok na Índia. O MX TakaTak foi, inclusive, o app estreante que mais recebeu downloads neste primeiro trimestre de 2021.

Jogos ainda são os carros-chefes

Não há como falar da indústria de softwares digitais sem mencionar o seu principal segmento. Os jogos impulsionaram a maior parte dos gastos do trimestre, como de costume, ao responder por US$ 22 bilhões dos gastos — US$ 13 bilhões no iOS (aumento de 30%) e US$ 9 bilhões no Android (aumento de 35%). Os jogadores baixaram cerca de um bilhão de títulos por semana, o que representa quase 15% a mais do que em 2020.

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O destaque ficou por conta de Among US, que apresentou a maior base de usuários ativos e a segunda maior quantidade de downloads, só perdendo para o também gratuito Join Clash 3D. PUGB Mobile e Candy Crush continuam com uma base sólida de jogadores, apesar de ambos sequer figurarem entre o TOP 10 de downloads.

Mas quando o assunto é gasto de dinheiro em games, os líderes são outros. O popular Roblox, com forte apelo para o público infantil, é o campeão, à frente do excelente Genshin Impact e do Coin Master — que investiu em muita publicidade nos últimos meses. Pokémon GO, mesmo com queda na sua base de usuários, ainda persiste como um dos jogos em que mais se torra grana nos celulares.

A App Annie observou que a pandemia fez com que o downloads de jogos ultrapassasse em duas vezes e meia o total apurado no mesmo período de 2020. A pesquisa prevê que os jogos mobile chegarão a US$ 120 bilhões (R$ 684,7 bilhões) em gastos do consumidor este ano.

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Fonte: App Annie