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Chinês dono de rede de educação online perde US$ 15 bi com novas regras locais

Por| Editado por Claudio Yuge | 26 de Julho de 2021 às 23h30

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Envato/twenty20photos
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Depois de ver seu patrimônio ser reduzido em mais de US$ 15 bilhões desde o fim de janeiro, Larry Chen, fundador, presidente do conselho e CEO da Gaotu Techedu, deixou de ser bilionário. O Índice de Bilionários da Bloomberg aponta que, agora, ele tem uma fortuna de apenas US$ 336 milhões (R$ 1,74 bilhão).

As ações da Gaotu, que oferece aulas particulares online, caíram quase 65% na bolsa de valores de Nova York na sexta-feira (23). Em relação a um ano atrás, a queda é ainda mais impressionante: são quase 95%. O motivo foi a revisão regulatória divulgada pela China: a norma agora proíbe empresas que oferecem conteúdo de currículo escolar de obter lucro, captar fundos ou abrir capital.

O colapso de um dos investidores da Gaotu, a Archegos Capital Management, de Bill Hwang, já vinha afetando as ações da companhia. Isso porque alguns dos swaps usados nas operações caíram e os bancos exigiram garantias. Como Hwang não as tinha, vendeu grandes blocos de ações — da Gaotu e de outras empresas.

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No sábado (24), Chen anunciou no Weibo, um serviço chinês semelhante ao Twitter, que a Gaotu “cumprirá os regulamentos e as responsabilidades sociais”. E ele não foi o único a perder dinheiro. O setor de aulas particulares e educação online movimenta US$ 100 bilhões (R$ 518 bilhões) na China. O maior controle sobre o segmento atingiu o capital estrangeiro: como as plataformas não podem mais abrir capital, a saída de investidores ficou mais difícil.

Zhang Bangxin, diretor-presidente da TAL Education, viu as ações da empresa caírem 71% na sexta-feira. Com isso, sua fortuna diminuiu para US$ 1,4 bilhão (R$ 7,25 bilhões), ao perder US$ 2,5 bilhões (quase R$ 13 bilhões). Já Yu Minhong, presidente do conselho da New Oriental Education & Technology, teve o patrimônio reduzido em US$ 685 milhões (R$ 3,5 bilhões) e ficou com US$ 579 milhões (R$ 3 bilhões). O motivo foi a queda de 54% no preço das ações. As empresas divulgaram comunicados semelhantes ao da Gaotu.

Fonte: InfoMoney, Fortune