BlackBerry anuncia compra da Cylance para reforçar ofertas de cibersegurança
Por Rafael Arbulu | 19 de Novembro de 2018 às 10h39
Desde que parou de fabricar smartphones, a BlackBerry tem se movido para a oferta de serviços corporativos de tecnologia. Uma vertente desta indústria — a cibersegurança — acaba de ganhar um reforço nos negócios da empresa, já que a BlackBerry anunciou recentemente a aquisição da Cylance, cofundada por Stuart McClure e Ryan Permeh, respectivamente, ex-McAfee e ex-Intel, pelo valor de US$ 1,4 bilhão.
A Cylance foi uma das empresas a figurar em listas de interesse corporativo, como a Fortune 100, e estava prestes a abrir capital e tornar-se pública antes de a Blackberry entrar na jogada. A aquisição — a maior já feita na história da ex-fabricante de celulares — deve ser finalizada até fevereiro de 2019, dois meses antes do fechamento de seu ano fiscal.
O diferencial da empresa adquirida reside no emprego de inteligência artificial e machine learning na prevenção, detecção e contenção de ameaças a ambientes corporativos conectados à internet. Fundada em 2015, a Cylance já levantou US$ 300 milhões em uma rodada de investimentos — capital este oriundo de nomes como Blackstone, DFJ, Khosla Ventures, Dell e KKR. Seus escritórios ficam em Irvine, na Califórnia, com estruturas localizadas também na Irlanda, Holanda e Japão. A BlackBerry confirma que a Cylance não será absorvida e continuará atuando de maneira independente em suas ofertas e serviços.
Em um posicionamento divulgado pela empresa, o CEO da BlackBerry, John Chen, disse:
“A liderança da Cylance na cibersegurança e inteligência artificial vai complementar de imediato todo o nosso portfólio, particularmente nossas ofertas em UEM e QNX. Estamos bem empolgados em abrigar seu time e aprimorar com a soma de nossa expertise. Acreditamos que adicionar as capacidades da Cylance às nossas confiáveis vantagens em privacidade, mobilidade segura e sistemas embarcados tornará a tecnologia BlackBerry Spark indispensável na criação da ‘Empresa das Coisas’ (Enterprise of Things)”.
Fonte: Business Insider