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Pix ganha força como marca e supera iPhone, Instagram e Nubank

Por| Editado por Claudio Yuge | 02 de Março de 2022 às 11h08

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Caio Carvalho/Canaltech
Caio Carvalho/Canaltech

Como marca, o sistema de pagamento instantâneo (Pix) já é uma das mais lembradas pelos consumidores do país. Uma pesquisa da agência VLMY&R aponta que a ferramenta de transferências se estabeleceu como a 22ª marca mais bem avaliada entre 1,6 mil nomes.

E não é à toa: dados do Banco Central do Brasil (Bacen) indicam que o Pix já atingiu 120 milhões de contas ativas e aproximadamente 395 milhões de chaves cadastradas. Com esse desempenho, o Pix deixou para trás iPhone (23º), Samsung Galaxy (24º) e Brastemp (25º). O Pix superou, ainda, outras marcas importantes do mundo digital, como Nubank (29º) e Instagram (33º).

Eduardo Daniel de Souza, do departamento de comunicação do Banco Central, conta que a boa aceitação da ferramenta teve o apoio de campanhas de bancos particulares. “Criamos a marca pensando que ela precisava ser fácil para as pessoas falarem e estar em harmonia com as empresas que oferecem o serviço.”

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Para Luciano Deos, consultor em marcas da consultoria GAD, um dos principais pontos de sucesso do Pix é a facilidade do nome. “O Bacen foi muito feliz em trazer um apelido simples que facilita a conexão com os usuários”, avalia.

Pix não é marca

Apesar de o Pix ser reconhecido e bem avaliado pela população, Deos lembra que, tecnicamente, ele não pode ser classificado como marca. “A ideia de marca está ligada à perspectiva de concorrência, que permite que o consumidor escolha um produto em vez de outro. Isso não ocorre com o serviço oferecido pelo Banco Central.”

Hsia Hua Sheng, professor da FGV e especialista em precificação de valor de companhias, diz que é possível imaginar quanto vale a marca Pix levando em consideração quanto a ferramenta retirou das empresas do setor de pagamentos. “Se o Banco Central fosse privatizar o Pix, ele valeria por volta de R$ 180 bilhões: esse foi o montante que as maquininhas de pagamento e os grandes bancos deixaram de registrar com a chegada do serviço.”

Ele avalia que o preço hipotético do Pix seria comparável ao valor de mercado do Nubank. Na sexta-feira passada (25), a fintech valia aproximadamente US$ 35,9 bilhões (R$ 185 bilhões).

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Fonte: O Estado de S. Paulo