5 tendências que melhoram as operações de pequenas e médias empresas
Por Márcio Padrão • Editado por Claudio Yuge |
Redução do tamanho dos armazéns, melhor gestão do estoque e mais remessas nas lojas são algumas das tendências em ascensão em pequenas e médias empresas (PMEs) para 2022. Quem diz é María Camila García, gerente de marketing de distribuição na América Latina da Zebra Technologies, empresa norte-americana de leitores de códigos de barras e outros produtos.
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O e-commerce brasileiro obteve faturamento de R$ 150,8 bilhões em 2021, o que representa um crescimento de 19% comparado ao ano anterior. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a expectativa para 2022 é que as vendas online no país cresçam 12%, com projeção de faturamento de R$ 169,5 bilhões.
Segundo García, as cadeias de suprimentos exploram desde o início da pandemia de covid novas estratégias e tecnologias que forneçam informações em tempo real sobre suas operações. O objetivo é ajudar as empresas a se adaptarem às mudanças nos comportamentos dos clientes. Isso tem levado as pequenas e médias a se transformarem digitalmente para competirem com empresas maiores. Veja abaixo as cinco tendências que elas têm adotado com sucesso.
Redução do tamanho dos armazéns
Tradicionalmente, muitas operações de armazém eram projetadas para guardar paletes completos de mercadorias. Hoje, graças ao comércio online, as operações migraram para um atendimento mais "baseado em peças", onde um conjunto diversificado de produtos deve ser enviado rapidamente para vários locais.
No chamado microatendimento, os pedidos são atendidos em centros de distribuição menores, de 300 a 2.000 metros quadrados, localizados mais próximos do mercado-alvo e que permitam velocidades de entrega mais rápidas. As empresas também estão aderindo a armazenamento sob demanda, em que as empresas alugam um espaço menor de armazenamento a curto prazo.
De acordo com o CB Insights, os centros de microatendimento podem reduzir os custos de um pedido em 75%, o que beneficia os orçamentos das PMEs.
Mais remessas nas lojas
As empresas também estão trabalhando cada vez mais para aumentar o aproveitamento do estoque da loja. Mais compradores vêm escolhendo a retirada "sem contato", isto é, comprando online e retirando na loja. A tendência cresceu 60% no último ano, segundo levantamento da Statista.
Mais de 76% dos fabricantes, varejistas e empresas de logística relatam que já confiam totalmente no estoque de suas lojas para atender aos pedidos e 68% esperam que as remessas das lojas, com base no seu estoque, aumentem nos próximos anos. Essas informações são da própria Zebra.
Melhor gestão do estoque
As empresas não podem atender pedidos de maneira rápida e eficiente se não souberem a localização e disponibilidade exata de cada peça do estoque. As pequenas e médias empresas devem ter uma solução de gerenciamento de estoque que ofereça um alto grau de visibilidade e precisão.
As empresas já usam soluções de gerenciamento de estoque sem fio, impressoras de etiquetas de identificação de produtos e até etiquetas RFID (identificação por radiofrequência) para rastrear o estoque em tempo real. Essas tecnologias são oferecidas a preços diversos e podem aumentar o estoque disponível em 98% ou mais, o que reduz as vendas perdidas e pode aumentar o retorno sobre o investimento.
Tarefas logísticas menos pesadas
Os funcionários que realizam tarefas de separação de pedidos contam hoje com scanners portáteis, tablets e computadores móveis, com acessórios vestíveis. Estes aparelhos ajudam na separação e envio de produtos, melhorando a produtividade e o número de pedidos separados e enviados por dia. Essa tecnologia também pode reduzir as horas de treinamento, tornando mais fácil para os novos funcionários aprenderem os processos.
Análise prescritiva nas operações
Embora parecesse ser um fator de aspiração para pequenas e médias empresas, hoje a análise prescritiva está ajudando companhias neste perfil por estarem mais acessíveis. Estas ferramentas analisam dados usando "padrões comportamentais" com algoritmos para procurar áreas operacionais que podem ser melhoradas. Por exemplo, a análise prescritiva pode determinar quando é lucrativo acelerar o reabastecimento de itens esgotados na loja com base no lucro esperado.