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Exclusividade temporária de novo álbum de Kanye West ajuda Tidal a respirar

Por| 15 de Fevereiro de 2016 às 17h10

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Divulgação/Kanye West
Divulgação/Kanye West

Insatisfeito com os valores pagos por outros serviços do gênero, especialmente o Spotify, o rapper Jay Z arregaçou as mangas e lançou o Tidal, seu próprio serviço de música. Em quase um ano, ele ainda não alcançou o patamar esperado, mas ganhou uma ótima notícia neste último final de semana. No domingo (14), o rapper Kanye West informou que o seu mais recente lançamento, o álbum “The Life of Pablo”, permanece disponível com exclusividade na plataforma por mais uma semana.

Atualmente, o disco não está nem mesmo à venda nas lojas, ou seja, os milhões de fãs do artista precisam recorrer ao serviço de streaming de Jay Z para conferir seu novo trabalho. A estratégia parece ter dado certo, pois fez do Tidal o aplicativo gratuito mais baixado da Apple App Store nos últimos dois dias. O método já havia acontecido anteriormente, quando Rihanna lançou seu álbum “ANTI” no Tidal, também de maneira exclusiva. E esta tem sido a principal estratégia da plataforma: apelar para a distribuição temporariamente exclusiva de grandes artistas que detém direitos sobre a distribuição de suas obras.

Please for all music lovers. Please subscribe to tidal!!! I decided not to sell my album for another week. Please subscribe to tidal. — KANYE WEST (@kanyewest) 14 fevereiro 2016

Mercado hostil

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A vida do Tidal não tem sido fácil. Entre março e dezembro do último ano, a companhia trocou três vezes de presidente, apesar de Jay Z ter anunciado em outubro de 2015 que o número de assinantes da plataforma havia ultrapassado a marca de 1 milhão – lembrando que eram 700 mil quando o rapper adquiriu o serviço de uma companhia sueca em março do ano passado. Porém, a plataforma tem sido alvo de críticas devido às falhas técnicas e problemas com publicidade ao longo de todo o ano de 2015.

Apesar das boas notícias, o futuro para os serviços de streaming independentes não é tão animador. Isso porque a presença de gigantes como Apple e Google no setor acaba apertando o cerco contra as companhias que dependem apenas disso. Isso porque Apple Music e Google Play Music não têm a obrigação de se tornarem altamente lucrativos, pois há uma série de outros produtos e negócios mantidos por suas donas que podem sustentá-los.

Some os percalços iniciais do Tidal com informações recentes de que nomes do setor, como Deezer e Spotify, estão em busca de mais investimentos para continuarem a expandir e você tem um cenário hostil para quem não está sob a asa de algumas das empresas mais valiosas do planeta. Em meio a isso tudo, o Tidal, com Jay Z e suas estratégias de exclusividade temporária sobre os lançamentos de alguns dos artistas mais populares da atualidade, pode arriscar saltos maiores, mas talvez nunca decole de fato.

Fonte: Kanye West, Venture Beat