Xiaomi rouba top 2 da Motorola em ranking de maiores marcas na América Latina
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •

O mercado de celulares na América Latina voltou a registrar expansão, com um aumento de 20% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Trata-se do quarto trimestre seguido de aumento. Os números são da Canalys, que apontou ainda que a Motorola perdeu o posto de segunda maior marca da região para a Xiaomi.
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No total, foram 33,5 milhões de unidades remetidas, contra 27,9 milhões durante o segundo trimestre do ano passado.
De acordo com o analista sênior da Canalys, Miguel Pérez, os resultados podem ser associados a um aumento de demanda na região, acelerado por grandes investimentos de marcas com ambições de crescimento.
“Vendedores estão incentivando consumidores a atualizar seus dispositivos mais cedo, usando um posicionamento de alto custo-benefício e preços agressivos”.
Por isso, o preço médio de vendas já caiu 12% em comparação com os valores vistos no segundo trimestre de 2021.
No entanto, Pérez também destacou a alta saturação como um possível problema do mercado para o futuro, associado a incertezas no ambiente econômico global e possíveis efeitos das eleições nos Estados Unidos na demanda.
IDC diz que Motorola continua no segundo lugar
Contradizendo a Canalys, resultados publicados pelo IDC do segundo trimestre de 2024 na América Latina, que inclui remessas enviadas entre os meses de abril e junho, a Motorola mantém a segunda posição no mercado latino-americano, com 17% de participação de mercado, representando um ligeiro crescimento em relação ao trimestre anterior.
Samsung lidera mercado da América Latina
Assim como já era esperado, a Samsung é a marca que mais vende celulares na América Latina. Mesmo que tenha aumentado suas remessas em 9%, a coreana viu sua fatia de mercado cair em quatro pontos percentuais, passando de 34 para 30%.
Por outro lado, houve uma troca na segunda colocação, já que a Xiaomi ultrapassou a Motorola. A chinesa passou de 17% para 19% da fatia de mercado, enquanto a estadunidense caiu de 21% para 17%.
As próximas colocações do top 5 também são ocupadas pelas chinesas, com a Transsion (que engloba TECNO e Infinix) e a Honor com 9% e 5% da fatia de mercado, respectivamente.
Já a Apple, que está entre as marcas com maiores vendas de celulares no mundo, fica apenas na sétima posição quando se considera a América Latina, com menos de 5% de participação.
Fonte: Canalys