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Uber exclui motoristas que cancelam excessivamente as viagens

Por| Editado por Claudio Yuge | 28 de Setembro de 2021 às 15h10

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Pixabay
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A Uber está sendo acusada pela Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) de excluir mais de 15 mil motoristas de aplicativo em todo país da plataforma por excesso de cancelamentos.

A gasolina representa de 40% a 50% do gasto diário de um motorista de aplicativo e, com o constante aumento do combustível, que segundo o resultado do IPCA-15, divulgado na última sexta (24), chegou a 39,05% nos últimos 12 meses, muitos condutores estão se vendo forçados a selecionar corridas em lugares mais próximos de onde eles estão ou, em muitos casos, cancelar viagens que irão resultar em pouco retorno.

Porém, por conta desses constantes cancelamentos de viagens, a Uber começou a excluir motoristas de sua plataforma. Quando isso acontece, a empresa notifica o usuário pelo aplicativo, alegando violação do Código da Comunidade Uber, e logo depois a conta é “desativada permanentemente”.

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O motorista Francisco Peixoto Neto, em entrevista ao G1, afirma que tinha o hábito de cancelar corridas em áreas de risco da cidade de São Paulo e, mais recentemente, as que fossem pouco rentáveis pelo custo de combustível. Na última terça (21), ele foi excluído do aplicativo, sem nenhum aviso prévio. Peixoto alega que os motoristas não têm chance de defesa, já que um simples aviso teria feito ele parar de cancelar viagens.

A acusação da Amasp fala que a empresa excluiu mais de 15 mil motoristas da plataforma sem nenhum aviso prévio. A Uber, porém, contesta esse número, afirmando que excluiu cerca de 1,6 mil condutores da plataforma por conta do cancelamento excessivo de viagens.

Para Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp, em entrevista para o G1, essa ação se trata de uma exclusão sumária, deixando motoristas afetados em uma situação complicada. Souza ainda afirma que nos termos de uso da Uber, não existem proibições ao cancelamento de viagens.

Pronunciamento da Uber

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Após publicação da reportagem no G1, a Uber enviou para o portal de notícias o seguinte pronunciamento:

A Uber esclarece que não 'excluiu mais de 15 mil motoristas', como afirma a associação ouvida pela reportagem. São cerca de um milhão de motoristas e entregadores parceiros cadastrados na plataforma da Uber no Brasil, e apenas uma minoria, cerca de 0,16% do total, apresenta comportamentos que prejudicam intencionalmente o funcionamento da plataforma e atrapalham outros motoristas e usuários que apenas desejam gerar renda ou se deslocar. Motoristas parceiros são profissionais independentes e, assim como os usuários, podem cancelar viagens quando julgarem necessário. Cancelamentos excessivos ou para fins de fraude, porém, representam abuso do recurso e configuram mau uso da plataforma, pois atrapalham o seu funcionamento e prejudicam intencionalmente a experiência dos demais usuários e motoristas. A Uber tem equipes e tecnologias próprias que revisam constantemente as viagens e os cancelamentos para identificar suspeitas de violação ao Código da Comunidade e, caso sejam comprovadas, banir as contas envolvidas. Comportamentos como a prática de cancelar diversas viagens em sequência e logo após terem sido aceitas prejudicam negativamente todos que usam a plataforma porque, de um lado, impedem que outros motoristas parceiros gerem renda atendendo as mesmas solicitações de viagens canceladas, e, por outro, deixam os usuários esperando mais tempo ou até desistindo da solicitação. O abuso no cancelamento de viagens não tem nada a ver com a liberdade do motorista parceiro de recusar solicitações. Na Uber, o motorista é totalmente livre para decidir quais solicitações de viagem aceitar e quais recusar. A conexão entre parceiro e usuário - quando nome, modelo e placa do carro são compartilhados e o usuário recebe a confirmação de que o motorista está a caminho - só ocorre depois do motorista ter conferido as informações da solicitação (tempo, distância, destino etc.) e decidido aceitar a realização da viagem.

Fonte: G1