Tão caras quanto Twitter: 8 aquisições corporativas bilionárias dos últimos anos
Por Dácio Castelo Branco • Editado por Claudio Yuge | •
A semana começou com o mundo corporativo bem agitado por conta da compra do Twitter por Elon Musk no valor de US$ 44 bilhões (R$ 218,42 bilhões, na conversão atual) — o que resultará na rede social se tornando uma empresa de capital fechado. Mas por mais surpreendente que essa movimentação seja, essas ocorrências estão cada vez virando mais comuns.
Segundo dados da plataforma financeira Dealogic, publicados no site Eu que Lucro, fusões e compras corporativas tiveram um aumento de 64% em relação a 2021, totalizando US$ 5,8 trilhões (R$ 28,7 trilhões) — com vários nomes de peso envolvidos nelas.
Com esse cenário em mente, listamos a seguir oito transações de aquisição no mundo corporativo que ocorreram nos últimos anos e movimentaram quantias equivalentes ou superiores à proposta de Elon Musk pelo Twitter. Confira:
Compra da WarnerMedia pela Discovery
Em 2021, a operadora de telecomunicações AT&T, na época proprietária da WarnerMedia, anunciou que a marca, que engloba CNN, HBO, DC Cartoon Network e outras, seria vendida para a Discovery, detentora do Discovery Channel e Food Network, por US$ 43 bilhões (R$ 213,4 bilhões). Agora, em 2022, a transação já começa a ser finalizada, como descrito no Canaltech.
S&P Global e IHS Markit
A S$P Global, empresa de dados financeiros, comprou a corporação do mesmo ramo IHS Markit por US$ 44 milhões (R$ 218,42 bilhões) em 2020, na maior transação daquele ano. Como resultado, a S&P Global virou uma das principais potências do ramo.
Compra da Reynolds pela British American Tobacco
Em 2017, a empresa britânica de cigarros British American Tobacco (BAT), responsável por marcas como Dunhill, também disponibilizados no Brasil, adquiriu a Reynols American, do mesmo ramo, por US$ 49,4 bilhões (R$ 245,23 bilhões) — o que resultou na fabricante britânica se tornando uma das maiores companhias do setor de tabaco do mundo.
Dell e EMC
Hoje em dia conhecida como Dell Technologies, em 2016 a empresa de computadores era somente chamada de Dell, e foi só após naquela época realizar a compra da fornecedora de servidores e softwares EMC por US$ 67 bilhões (R$ 332,5 bilhões), em uma das maiores transações do setor de tecnologia da história, que a empresa começou a atender pelo novo nome — representando a expansão de seu portfólio.
Compra da 20th Century Fox pela Disney
As piadas da Disney ser dona de tudo já existiam antes de 2019, mas se intensificaram ainda mais após a gigante do entretenimento ter comprado a 20th Century Fox por US$ 71,3 bilhões (R$ 353,9 bilhões) — expandindo infraestrutura de vários setores de mídia, como canais esportivos, a partir da operação da organização adquirida.
AB Inbev e SABMiller
Em 2016, a AB Inbex se tornou uma das maiores fabricantes de cervejas do mundo após adquirir a SABMiller em uma transação de US$ 104 bilhões (R$ 516,2 bilhões) — que resultou em marcas como Corona, Stella Artois e Budweiser sendo “irmãs” por parte de organização controladora.
Acordo entre Verizon e Vodafone pela Verizon Wireless
Quem mora fora do Brasil deve conhecer os serviços telefônicos da Verizon e sua unidade sem fio, a Verizon Wireless — mas essa última só passou a ser 100% da operadora em 2013, após a organização negociar com a Vodafone os 45% que ela detinha, resultando em uma transação de US$ 130 bilhões (R$ 645,3 bilhões).
Pfizer e Allergan
Antes das vacinas da covid-19, a Pfizer já era um nome muito conhecido do mundo empresarial de saúde, principalmente por conta do Viagra - mas uma verdadeira consolidação de seu status foi iniciada em 2015, quando ela adquiriu a Allergan, fabricante do Botox, por US$ 160 bilhões (R$ 794,2 bilhões).
Fonte: Eu que Lucro