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Quase 4 milhões dos celulares comercializados no Brasil vêm do mercado paralelo

Por| Editado por Claudio Yuge | 09 de Dezembro de 2021 às 20h20

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Rawpixel/Envato
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Quem deseja comprar um novo celular geralmente realiza uma pesquisa pela internet, procurando pelo preço mais acessível possível. Só que muitas vezes o valor mais baixo é encontrado em uma versão do aparelho não homologada pela Anatel, o que significa que para chegar no Brasil ele não pagou os devidos impostos, gerando uma competição irregular com os vendedores e fabricantes que estão de acordo com a lei.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), com bases em dados do IDC e do fórum nacional antipirataria, dos 50 milhões de celulares que compõem a base de aparelhos no Brasil, 8% são irregulares, o que significa quase 4 milhões de dispositivos. O secretário-geral da entidade e representante da Motorola, Luiz Claudio Carneiro, para o portal TeleTime, afirma que esse número equivale a uma evasão fiscal em torno de R$ 5 bilhões.

Carneiro, ainda para o TeleTime, destaca a importância do Brasil para a indústria de celulares, com os incentivos que a Abinee da para fabricantes se instalarem no país sendo positivos e importante para o crescimento. Porém, com o mercado cinza e sua comercialização de aparelhos por canais não oficiais retirando parte dos lucros, as empresas podem acabar julgando que entrar no território brasileiro não é um bom negócio.

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Anatel está na luta

Aparelhos não homologados pela Anatel podem ser encontrados facilmente em marketplaces e muitas vezes, por não pagarem os devidos impostos, em preços mais baixos do que os oficiais do mercado brasileiro, afetando as vendas via canais oficiais.

Porém, a regulação desse cenário vem avançando, com a Anatel começando a fiscalizar centros de distribuição de diversos marketplaces para apreensão de produtos irregulares, incluindo celulares. A iniciativa faz parte do Plano de Ação de Combate à Pirataria (PACP) da agência, que, em união com grandes varejistas, apreendeu até novembro 2,7 milhões itens irregulares, com valor estimado em R$ 330 milhões.

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Fonte: Teletime