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Telefones básicos também são alvos de cibercrimes; conheça os riscos

Por| Editado por Claudio Yuge | 08 de Dezembro de 2021 às 21h20

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Reprodução/Wikimedia Communs
Reprodução/Wikimedia Communs

É comum que famílias, para manter contato com seus membros mais idosos, os presenteiem com telefones básicos, dispositivos baratos que só contam com funcionalidades simples como agenda, ligações e SMS. Porém, até esses aparelhos contam com problemas de segurança, conforme demonstrado por uma pesquisa do laboratório russo Xa6p, que analisou cinco modelos dessa categoria.

Segundo a pesquisa, dos cinco telefones analisados, dois, ao serem ligados, enviam os dados do usuário, sem nenhum tipo de criptografia, para um servidor não identificado. Entre as informações transmitidas, estão o número de série do aparelho, país de ativação, informações do firmware e de localização.

A transmissão dos dados é feita pela internet, uma função que muitos usuários desse tipo de aparelho nem tem noção quando está ativa, não sabendo interpretar possíveis indicadores no visor. Com isso, é possível que o telefone cause, além do vazamento de dados, cobranças inesperadas de tráfego móvel, sem saber da razão.

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Os riscos mais alarmantes, porém, estão em outros dois aparelhos avaliados, que além do envio de dados descrito acima, também contam com funções executadas a partir de conexão com um servidor de comando e controle (C2) para o envio oculto de SMS para números pagos. Ainda, um desses dois modelos consegue interceptar mensagens SMS e enviá-las para um agente desconhecido, possibilitando que a autenticação de duas etapas de muitos serviços seja burlada.

Melhor optar por smartphone

A maioria desses celulares básicos, graças ao nível atual da tecnologia no mundo, contam com acesso à internet, possibilitando que, além das questões acima, como o vazamento de dados, eles também possam ser alvo de ataques digitais.

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A falta de atualizações de segurança para os aparelhos também é um sinal para ficar atento, já que significa que a fabricante pode não estar ligando para possíveis problemas que possam ser usados por criminosos contra os usuários do aparelho.

Além disso, como as opções mais baratas são normalmente fabricadas e compradas de locais sem renome, não há garantias que o dispositivo não foi violado para a instalação de agentes maliciosos antes de seu envio para o comprador.

Por tudo isso que, tanto a pesquisa do laboratório russo quanto nós do Canaltech recomendamos que smartphones de marcas conhecidas sejam usados, mesmo pela população mais idosa. O mercado hoje conta com opções simples capazes de atender as demandas do público menos digital, além de contarem com atualizações de segurança disponibilizadas pelos fabricantes.

Mesmo que o processo seja difícil, muitas vezes é melhor aprender a usar algo novo do que correr riscos desnecessários.

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Fonte: Kaspersky