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O que difere um projeto comunitário de um produto empresarial?

Por| 17 de Outubro de 2016 às 12h08

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O que difere um projeto comunitário de um produto empresarial?
O que difere um projeto comunitário de um produto empresarial?

Muita confusão se faz sobre os projetos da comunidade Open Source, desenvolvidos a partir de colaborações espontâneas de qualquer tipo de usuário, e os produtos suportados por grandes empresas, oriundos desses projetos.

Produtos empresariais são devidamente adequados para suportar ambientes críticos de produção em instituições. Fabricantes de software baseados no Open Source possuem rígidos processos de criação e manutenção de produtos: existe um controle absoluto das versões e releases exatamente como os tradicionais desenvolvedores de software proprietário. A grande diferença é que o desenvolvimento é feito de forma aberta, em conjunto com outras empresas e comunidades de desenvolvedores. E é justamente essa diferença que traz inúmeras vantagens, como:

  1. Velocidade aumentada de inovação
  2. Roadmap definido pelo mercado
  3. Transparência no desenvolvimento e no código fonte
  4. Sem armadilhas de “lock-in”
  5. Utilização de padrões abertos

No gráfico abaixo mostra como funcionam as diferenças dos estágios em que passam os produtos open source empresariais: iniciando pela comunidade Open Source (1), passando pela versão “upstream” (2), até chegar ao produto empresarial (3):

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Existem mais de um milhão de projetos Open Source relevantes, embora saibamos que há ainda muitos outros, coordenados por consórcios ou fundações. Podemos citar entre essas instituições a fundação Linux, fundação OpenStack e a Apache, que são as mais conhecidas e representadas no gráfico pelo número um (1).

É importante ressaltar que não são produtos acabados e por isso são chamados de projetos, coordenados por essas fundações para que o desenvolvimento cooperativo feito por diversas empresas e comunidades de desenvolvedores seja coeso. Não existe garantia nenhuma ao utilizá-los nas empresas, pois não são certificados, nem estabilizados, e também não existe garantia do ciclo de vida. Suporte formal, nem pensar! Suporte apenas através de interações em listas de discussão e nos sites das fundações.

Já os fabricantes de software baseados em projetos Open Source integram algumas dezenas de projetos para criar um produto, que no primeiro estágio chamamos de versão “upstream”, representado no desenho como número dois (2). Dessa maneira, existe um esforço para que sejam integrados corretamente, além de funcionais. É onde a engenharia de desenvolvimento trabalha principalmente: esse produto continua recebendo contribuições de outras empresas e comunidades de desenvolvedores, mas são coordenados pelo fabricante. Essa versão “upstream” pode ser classificada como uma versão de “roadmap” dos produtos.

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Ela ainda não é estabilizada, não devendo ser utilizada em produção. Deve ser tratada, portanto, como uma versão “beta”: utilize-a para conhecer novas funcionalidades dos produtos e conhecer características que estão sendo desenvolvidas que têm o potencial de virar produto final.

O produto final é representado pelo número três (3), e é a versão que o cliente recebe quando adquire uma subscrição do fabricante e essa versão é paga anualmente. A partir da “upstream”, cria-se a versão empresarial que passa por uma equipe de engenharia de qualidade que estabiliza o código, faz testes rigorosos de segurança, escalabilidade, certifica o software com fabricantes de Hardware e outros de Software para corrigir qualquer problema de compatibilidade. Aliás, mais importante que o carimbo de certificado, são estipulados contratos de suporte para que na eventualidade de um problema em produção a engenharia do fabricante trabalhe em conjunto com a de Hardware ou Software certificado para acharem a resolução desse problema e evolua o produto para deixá-lo cada vez mais robusto. Esse processo não existe na versão “upstream” (2) e muito menos no projeto da Comunidade (1) que, naturalmente, não tem nenhuma certificação e nenhum suporte de grandes fabricantes por trás.

Complementando o valor da versão enterprise, além do suporte do fabricante do produto em conjunto com os fabricantes certificados, existe o acesso ao portal de usuário com toda a documentação, que inclui correções, atualizações, suporte baseado em SLA (nível de serviço), e políticas de manutenção continuada.

Muitos têm curiosidade em saber o que está incluso quando se adquire uma subscrição empresarial.Como exemplo estou listando o que está incluso nas subscrições Red Hat:

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  • Acesso a produtos certificados: binário e código fonte, documentações, novos lançamentos, atualização de produtos e patches.
  • Flexibilidade: uma subscrição não está atrelada à uma versão específica, portanto versões anteriores também são acessíveis e suportadas bem como as próximas versões.
  • Customer Portal: visualize e rastreie problemas, customize patches ou alertas de atualização, faça download de patches e atualizações certificadas.
  • Suporte Técnico Especializado: Suporte ilimitado por engenheiros especializados para incidentes, com cobertura de até 24 horas por dia, 7 dias por semana, com 1 hora de tempo de resposta para incidentes críticos.
  • Estabilidade no longo prazo: Suporte de produto continuado e políticas de atualizações e de patches de segurança.
  • Open Source Assurance: Assistência no caso de qualquer risco legal.
  • Transferência de conhecimento, assistência e certificação: treinamento de fácil compreensão, grande rede de consultores, integradores de sistemas e parceiros de software.

Por todos estes motivos posso assegurar que somente uma versão Enterprise é adequada para ser utilizada em ambientes produtivos e tem a qualidade para suportar cargas e ambientes críticos característicos de datacenters profissionais.