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O que desestimula meninas a escolherem uma carreira no mercado de tecnologia?

Por| 10 de Outubro de 2016 às 15h04

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O que desestimula meninas a escolherem uma carreira no mercado de tecnologia?
O que desestimula meninas a escolherem uma carreira no mercado de tecnologia?

A presença de mulheres em setores relacionados à tecnologia tem crescido, mas ainda está longe de ser o ideal. De acordo com a associação comercial sem fins lucrativos CompTIA, apenas 25% dos postos de trabalho no mercado de TI dos Estados Unidos eram ocupados por mulheres em 2015, quando o número total de trabalhadores da área registrou 5,1 milhões.

Diversos estudos já apontaram que um dos principais fatores para aumentar a participação feminina no setor é a mudança nas formas como as meninas interagem e aprendem tecnologia, mas esse não é o único ponto a ser levado em consideração.

Na última semana, uma das personalidades a abordar o assunto foi Melinda Gates, esposa de Bill Gates, durante o evento Dreamforce. Você pode conferir aqui no Canaltech a keynote de Melinda o empoderamento feminino e as dificuldades encontradas pelas mulheres no mundo da tecnologia.

Para levantar debates sobre o tema, a CompTIA lançou um e-book falando sobre é que preciso mudar para inspirar garotas a buscarem carreira no setor de TI. A ideia é inspirar líderes da indústria de tecnologia, educadores, pais e, mais importante, as meninas para tornar a indústria mais atrativa.

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"Alcançar uma maior diversidade de gênero em nossa indústria requer grandes mudanças nas formas das meninas interagirem e aprenderem tecnologia ", disse Todd Thibodeaux, presidente e CEO da CompTIA. "Será necessário um esforço de colaboração e compromisso de longo prazo por parte dos pais e influenciadores, professores e conselheiros, além de mentores da indústria que podem transmitir a sua paixão em trabalhar com tecnologia para as futuras gerações."

Mas o que deve mudar?

A associação também conversou com meninas com idade entre 10 e 17 anos para tentar identificar fatores que as desencorajam a considerar uma careira em tecnologia. Confira os principais motivos citados:

1. Os pais desempenham um papel fundamental na introdução da tecnologia

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Meninas e meninos concordam que pais e responsáveis são a principal fonte para descobrir o que a tecnologia representa. Mas os meninos são mais propensos a começar a usar dispositivos móveis mais cedo, aos cinco anos de idade ou menos, do que as meninas (11% contra 5%). Os meninos também são ligeiramente mais propensos a explorar os funcionamentos internos de dispositivos de tecnologia por curiosidade (36% versus 30% de mulheres).

2. O interesse das meninas pela tecnologia diminui com a idade

Quase metade dos meninos têm considerado uma carreira de tecnologia, em comparação com menos de um quarto das meninas. Entre as meninas do ensino fundamental, 27% têm considerado uma carreira em tecnologia. No ensino médio este número cai para 18%.

3. Aulas de tecnologia não são suficientes

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Garotas que cursaram a disciplina de tecnologia são apenas ligeiramente mais propensas a considerar uma carreira em TI (32%). Menos da metade das meninas que fizeram esses cursos estão confiantes que suas habilidades são adequadas para o trabalho.

4. As meninas não têm conhecimento sobre oportunidades de carreira

Das meninas que não consideraram uma carreira em TI, 69% atribuem isso ao não saber as oportunidades que estão disponíveis para elas. Mais de metade (53%) dizem que informações adicionais sobre as opções de carreira iriam encorajá-las a considerar um trabalho em TI.

5. As meninas precisam de influenciadores da indústria

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Apenas 37% das meninas conhecem alguém que trabalha com TI. Esse percentual sobe para 60% entre as meninas que consideram uma carreira em TI.

Se você quiser se inspirar pode conferir também nossa série “Mulheres Históricas”, que durante dez semanas homenageou figuras femininas de extrema importância para a ciência e a tecnologia, como Emmy Noether, Ada Lovelace, Grace Hopper, Hipácia de Alexandria, Mary Kenneth Keller, Marie Curie, Carol Shaw, Susan Kare, Hedy Lamarr, Rosalind Franklin e Margaret Hamilton.

Fonte: CompTIA