Mozilla demite 60 funcionários e vai focar em IA no Firefox
Por Bruno De Blasi • Editado por Douglas Ciriaco |
A Mozilla, responsável pelo navegador Firefox e pelo app de e-mail Thunderbird, demitiu cerca de 60 funcionários da nesta terça-feira (13). O corte acontece durante uma reestruturação da empresa para focar em inteligência artificial (IA).
O processo de demissão atingiu 5% da força de trabalho da organização sem fins lucrativos. Em comunicado, a Mozilla afirmou que reduziu o investimento em algumas áreas para se concentrar nas iniciativas que têm as “maiores chances de sucesso”.
“Pretendemos priorizar novamente os recursos em relação a produtos como o Firefox Mobile, onde há uma oportunidade significativa de crescimento e estabelecimento de um modelo melhor para a indústria”, afirmou dona do navegador da raposa.
Mozilla vai focar em IA
O empenho é reflexo dos novos rumos tomados pela organização para se dedicar às soluções de IA, segundo um memorando interno compartilhado pelo site TechCrunch.
O documento aponta que, em 2023, a IA generativa atraiu todas as atenções do mercado. Diante desse cenário, a Mozilla conta que encontrou a “oportunidade de trazer uma IA confiável para o Firefox”, o principal navegador dos anos 2000.
Esse fator foi impulsionado pela aquisição do Fakespot, um detector de avaliações falsas de produtos através de um sistema que utiliza inteligência artificial.
Reestruturação
Contudo, o novo foco trouxe grandes mudanças na entidade. Além de demissão e reestruturação de algumas equipes, a Mozilla optou por reduzir os investimentos na rede social mozilla.social, que é baseada no microblog Mastodon, rival do Twitter, e no Fediverso.
Os recursos de privacidade e segurança, especialmente a VPN (rede virtual privada), o Relay (função para mascarar endereço de e-mails) e o Online Footprint Scrubber (recurso para remover “pegadas digitais”), também serão impactados pelo corte de gastos e terão seus recursos reduzidos.
Além disso, o Hubs, o “mundo 3D” da Mozilla que tentou surfar a onda do metaverso, será encerrado. “Com exceção de jogos, educação e alguns casos de uso de nicho, a demanda se afastou dos mundos virtuais 3D", explicou a organização.
Fonte: TechCrunch e Yahoo