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Meta é multada em R$ 553 milhões por armazenar senhas de usuários sem proteção

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Dima Solomin/Unsplash
Dima Solomin/Unsplash

A Meta foi multada em € 91 milhões (cerca de R$ 553 milhões em conversão direta) pela Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC) por salvar as senhas de milhões de usuários em um documento de texto simples, sem nenhuma criptografia ou mecanismo de proteção. A informação foi confirmada pelo órgão irlandês nesta sexta-feira (27).

O caso foi descoberto em 2019 e no mesmo ano o DPC abriu um inquérito para investigar a situação — vale reforçar que o órgão tem papel importante entre os reguladores da União Europeia, principalmente quando o assunto envolve privacidade. Na época, a Meta confirmou o ocorrido e disse em nota que “centenas de milhões” de usuários de Facebook e Instagram seriam avisados sobre a brecha de segurança.

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A Big Tech e o órgão regulador não identificaram nenhum vazamento das informações, mas o simples ato de salvar as senhas num documento legível e de texto simples já representa uma grande ameaça à privacidade dos usuários. É comum que empresas de tecnologia deixem estas informações protegidas por criptografia e com acesso limitado aos funcionários internos. 

Até o momento, a empresa ainda não comentou o caso. 

Mais uma multa

A Meta já foi multada outras vezes por não cumprir com o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR): de acordo com a agência Reuters, a empresa de Mark Zuckerberg já acumulou um total de € 2,5 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões) em sanções financeiras pelo órgão regulador do bloco europeu desde quando a lei entrou em vigor, em 2018.

A maior delas foi aplicada no ano passado com um valor recorde de € 1,2 bilhão (cerca de R$ 6,4 bilhões na cotação da época) devido a problemas no gerenciamento de dados e na transferência destas informações para os EUA. A empresa ainda tenta recorrer da decisão na justiça.

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