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Fundador da Amazon diz trabalhar em “fracassos maiores” do que o Fire Phone

Por| 19 de Maio de 2016 às 18h19

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Fundador da Amazon diz trabalhar em “fracassos maiores” do que o Fire Phone
Fundador da Amazon diz trabalhar em “fracassos maiores” do que o Fire Phone

Jeff Bezos sabe que nenhuma empresa de tecnologia cresce sem cometer alguns deslizes. Para o CEO da Amazon, mais do que isso, os erros são parte integrante do processo de inovação, permitindo que uma empresa conviva com a sensação de que não é infalível e, mais do que isso, aprenda com os problemas e o feedback do público. E de acordo com o executivo, a gigante do e-commerce já está desenvolvendo “novos fracassos” que deverão chegar ao mercado no futuro próximo.

Bezos falava, especificamente, do Fire Phone, o primeiro smartphone lançado pela Amazon. Ele foi perguntado sobre o que havia ficado de lição após o fracasso com o modelo, que foi considerado caro demais e com funções que não interessavam ao público. Na visão irônica do executivo, se a crítica achou que o celular foi ruim, o que está sendo desenvolvido atualmente vai fazer com que ele pareça “nada”.

É claro, ele não fala sério, como se a Amazon estivesse deliberadamente produzindo coisas ruins. Em vez disso, pondera que, na medida em que a companhia cresce, a ambição por inovar também acompanha isso e, da mesma maneira, também a possibilidade de errar. Bezos afirma que, hoje, são 250 mil pessoas trabalhando para ele em todo o mundo e mais de US$ 100 bilhões em vendas anuais. Há muito espaço para falhas em meio a tudo isso.

Entretanto, é justamente por causa desse tamanho todo que a Amazon tem mais condições de errar, pois é capaz de bancar tais fracassos. E, de vez em quando, Bezos acredita que um grande acerto é capaz não apenas de compensar os equívocos de maneira financeira, mas também de fazer maravilhas pela imagem da companhia, transformando um possível problema em um risco que vale a pena ser corrido.

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O Fire Phone foi anunciado com pompa e circunstância como a entrada da Amazon no mundo dos smartphones, trazendo como grande diferencial os sistemas de rastreamento da cabeça do usuário, de forma a entregar uma visão tridimensional do conteúdo. Entretanto, meses após o lançamento e diante de vendas baixas, a gigante do e-commerce admitiu que o alto preço do produto foi o principal fator para as vendas bem abaixo do esperado.

O resultado foi um prejuízo de US$ 170 milhões, uma vez que as unidades comercializadas do Fire Phone não foram suficientes para compensar os gastos de sua produção. O fracasso pode até ter furado os planos da Amazon no mercado de smartphones, mas pela fala de Bezos, não diminuiu sua ambição nem a vontade de inovar.

Fonte: The Washington Post