Elon Musk confirma que Samsung fará chips da Tesla após acordo de US$ 16,5 bi
Por Marcelo Fischer Salvatico |
Elon Musk confirmou nesta segunda-feira (28) em uma publicação no X o acordo de US$ 16,5 bilhões (cerca de R$ 92 bi) para que a Samsung produza chips de inteligência artificial para a Tesla até 2033.
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A Samsung não divulgou oficialmente o acordo, porém, pouco antes do anúncio de Musk, a empresa enviou um documento regulatório na Coréia do Sul anunciando um contrato fechado com uma “grande empresa local”.
Apesar de ter firmado o contrato com a maior empresa da Coréia do Sul, a produção dos semicondutores ocorrerá no Texas, Estados Unidos, na nova fábrica da Samsung Foundry, divisão de fundição da companhia, que começa a operar em 2026.
Em sua publicação, Musk reforça a “importância estratégica” do acordo, que é mais um passo em direção aos planos dos EUA de diminuir a dependência da Ásia na produção de semicondutores.
O CEO da Tesla afirmou também que a Samsung, que atualmente produz os chips AI4 da montadora de veículos, fabricará a próxima geração de chips, os AI6.
A TSMC, empresa de Taiwan que lidera o mercado de produção de semicondutores, continuará a produzir os chips AI5 para Tesla. “Inicialmente em Taiwan e depois no Arizona”, completa Musk.
Além de um avanço estratégico para Elon, o acordo é também uma vitória para a Samsung. A divisão Samsung Foundry é, atualmente, a segunda em participação de mercado mundial, porém, com uma parcela de 7,7% contra os 67,6% da líder TSMC, de acordo com dados do primeiro trimestre de 2025 da Silicon Hub.
A Samsung Foundry, assim como a TSMC, são empresas de fundição que produzem os chips para outras grandes companhias, como Nvidia, Apple, AMD, Qualcomm e a própria Tesla.
Reação do mercado
Desde o anúncio de Musk sobre o acordo, que é o maior da história da Samsung Foundry, as ações da Big Tech subiram 6,83% no mercado de ações da Coréia do Sul, atingindo seu maior patamar desde setembro de 2024.
As ações da Tesla também estão em alta no pré-mercado, de aproximadamente 2%. Na última semana, a empresa sofreu uma grande queda na bolsa de valores após divulgar o balanço de vendas do primeiro trimestre.
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