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Discretamente, Nubank recebe novo aporte de R$ 1,65 bilhão

Por| 27 de Agosto de 2020 às 15h10

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No último dia 04 de junho, o Nubank levantou uma nova rodada de investimentos - que não havia sido divulgada até então - no valor de US$ 300 milhões, alto em torno de R$ 1,65 bilhão na cotação de hoje. O documento sobre o aporte foi entregue no dia 19 de junho à Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), entidade que regula o mercado de capitais no país. Ele foi assinado por David Vélez, cofundador da fintech, Douglas Leone, Nicolas Szekasy e Meyer Mallk, dos fundo de investimentos Sequoia Capital, Kaszek Ventures e Ribbit Capital, respectivamente.

A última rodada de investimentos feita no Nubank ocorreu em julho do ano passado, quando a fintech recebeu US$ 400 milhões, liderado pelo fundo norte-americano TCV. Na época, com esse aporte, a empresa se tornou uma das startups mais valiosas da América Latina, com valor de mercado avaliado em aproximadamente US$ 10 bilhões, sendo a primeira a atingir tal marca sem precisar abrir seu capital na bolsa. No entanto, a SEC não divulgou qual o valuation da companhia a partir deste novo capital obtido em junho último.

Prejuízo... 

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Esta é a 11º rodada de investimentos do Nubank, que já levantou US$ 1,4 bilhão (ou R$ 7,7 bilhões) até aqui junto aos fundos. Recentemente, a fintech divulgou o balanço geral de 2019 e também do primeiro semestre de 2020.

Em seus resultados referentes aos 12 meses do ano passado, o Nubank registrou um prejuízo de R$ 312,7 milhões - R$528,9 milhões de receitas e R$ 841,4 milhões em despesas -, um aumento de 211,8% em relação ao ano anterior, quando as perdas foram de R$ 100,2 milhões.

De acordo com a fintech, o aumento de gastos está entre as principais razões para os números negativos do ano passado. As despesas com intermediação financeira avançaram 36,7% (R$ 84,1 milhões); já os gastos com pessoal aumentaram em 88%, saltando para R$ 340,32 milhões.

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Em seu relatório (divulgado pela Nu Pagamentos S.A), o Nubank afirma que "o aumento nas despesas financeiras deve-se principalmente a provisão para aumento de crédito de liquidação duvidosa, que aumentou 53%, enquanto os saldos de valores a receber para o [produto] cartão de crédito no ativo aumentaram 76%". Para cobrir esse rombo, a fintech fez uma provisão de crédito de R$ 747 milhões (contra R$ 486,9 milhões em 2018).

As despesas operacionais do banco também dispararam: de R$ 237,5 milhões em 2018 para R$ 652,3 milhões no ano passado, um aumento de 174,6%. Outras despesas administrativas também cresceram para R$ 1,03 bilhão, um aumento de 202,4%.

Com tais gastos, o resultado operacional do Nubank em 2019 - que envolve diretamente os negócios da fintech - registrou um prejuízo de R$ 443,5 milhões, perdas 285,3% maiores se comparadas a 2018.

...e recuperação

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No entanto, o cenário no primeiro semestre de 2020 se mostrou muito mais promissor para o Nubank, com uma redução significativa de seu prejuízo, bem como um aumento considerável de sua base de clientes.

A fintech registrou um prejuízo de R$ 95 milhões no primeiro semestre de 2020. No entanto, as perdas são 32% menores se comparadas ao mesmo período do ano passado. Além disso, a fintech mais do que dobrou a sua base de clientes, saltando de 11 milhões para 26 milhões, com uma média de 41 mil novos correntistas diários. E o seu volume de transações aumentou em 54% em comparação a 2019.

As receitas de intermediação financeira também obtiveram bons resultados, crescendo 104% e totalizando R$ 2,079 bilhões. Além disso, a empresa ressalta que tem R$ 19,9 bilhões em caixa (um aumento de 48% em relação a dezembro de 2019), além de ter elevado provisões para devedores duvidosos para os primeiros seis meses deste ano, um movimento natural dado os efeitos econômicos causados pelo coronavírus. Ainda assim, a taxa de inadimplência foi considerada baixa pela empresa: 5,8% - de acordo com o Banco Central, esse percentual, com mais de 90 dias de atraso, ficou em 7,5% em junho de 2020.

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Os anúncios foram feitos no blog oficial da fintech, em um post escrito por Marcelo Kopel, diretor financeiro da instituição. No texto, ele afirma que o "o prejuízo é uma decisão e, por isso, esperado como parte da estratégia de crescimento no momento".

Para completar, o post da empresa afirma ainda que conta com 12% a mais de funcionários do que em dezembro de 2019, totalizando 2.720 colaboradores no final de junho.