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ByteDance | Dona do TikTok expande sua presença no Metaverso

Por| Editado por Claudio Yuge | 27 de Junho de 2022 às 22h20

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Divulgação / Shangai
Divulgação / Shangai

Depois de anunciar uma unidade exclusiva dedicada ao desenvolvimento de tecnologias para o metaverso, a ByteDance — proprietária da versão chinesa do TikTok, Douyin — anunciou a aquisição da startup chinesa de realidade virtual (VR), PoliQ, nesta segunda-feira (27). A compra sinaliza mais um passo da empresa no setor, à medida que o seu interesse no universo virtual cresce.

A PoliQ é conhecida no país por ser a criadora do aplicativo de entretenimento social virtual, Vyou, que permite aos usuários criarem seus próprios avatares e circularem pelo universo da plataforma. De acordo com o site chinês VR Tuoluo, a startup foi incorporada à fabricante chinesa de headsets para VR, Pico, que foi adquirida pela ByteDance no ano passado por US$ 772 milhões (R$ 4 bilhões).

Segundo a rede social chinesa Maimai, o fundador da PoliQ, Ma Jiesi, agora lidera o departamento de centro social do Pico. Ma já foi ex-diretor da unidade de VR da Xiaomi, onde liderou a colaboração da fabricante chinesa de smartphones com a gigante de headsets de VR, Oculus, em 2018 para lançar a versão chinesa do Oculus Go do Facebook, Mi VR Standalone, que esgotou em poucos minutos após o lançamento.

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A aquisição da PoliQ representa um esforço da ByteDance para expandir seu portfólio de investimentos no metaversos que inclui hardware, plataformas e conteúdo, à medida que o interesse de diversas big techs pelo setor — que fará parte da Web 3.0 junto com as criptomoedas e a tecnologia de blockchain — cresce.

Big techs e o Metaverso

Desde a aquisição da Pico, a Bytedance dobrou seu suporte para a unidade de VR da empresa. Em janeiro deste ano, a big tech lançou uma plataforma social virtual para um pequeno grupo de usuários como meio de explorar as funções da rede social do metaverso.

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Em março deste ano, a big tech anunciou uma parceria com a Qualcomm para criar hardwares e softwares voltados para realidade estendida (XR) — que reúne as tecnologias de realidade aumentada, realidade virtual e realidade mista, interfaces 3D e homem-máquina. Outro investimento da empresa foi no setor de moda focado no Metaverso com o lançamento de uma plataforma chamada Pheagee, compatível com o marketplace da Douyin e com os headsets da Pico.

Além da ByteDance, outras empresas chinesas também estão na corrida para crescer no Metaverso. Na semana passada, a gigante de games e proprietária de empresas como Blizzard e Riot Games, Tencent, anunciou uma nova unidade na empresa focada em realidade estendida.

Em março deste ano o Alibaba Cloud — setor de tecnologia em nuvem do Alibaba — apoiou uma rodada de investimento de US$ 60 milhões (R$ 314 milhões) na fabricante chinesa de headsets de VR, AR Nreal. O Alibaba Cloud também conta com um conjunto de serviços relacionados ao Metaverso.

A Qualcomm também anunciou recentemente um fundo chamado Snapdragon Metaverse Fund de US$ 100 milhões (R$ 523 milhões) que terá investimentos voltados para experiências de XR, realidade aumentada (AR) e tecnologias de inteligência artificial (IA).

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Pico quer competir com a Meta

Recentemente, a Pico abriu diversas vagas de emprego nos EUA e planeja montar uma equipe na costa oeste dos país com “um foco principal no licenciamento de conteúdo, bem como na comercialização de seu hardware para consumidores do país”, segundo o site Protocol.

De acordo com o portal de empregos da ByteDance, atualmente existem mais de 40 vagas de empregos disponíveis para cargos da Pico na Bay Area de São Francisco, Seattle e San Diego. As vagas incluem posições para chefe da Pico Studios, chefe de estratégia de jogos de VR, chefe do Ecossistema de conteúdo no exterior e gerente de operações. Funções técnicas relacionadas ao desenvolvimento de hardware e software de VR e P&D também estão sendo oferecidas.

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A Pico já havia informado em outubro do ano passado que colocaria maior destaque em seus headsets de VR Neo 3 fora da China, pois eles seriam “desenvolvidos para empresas e estariam disponíveis em breve no Ocidente, incluindo os continentes da América do Norte e Europa”.

Fonte: SCMP,Protocol