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Veja 7 curiosidades sobre a Baleia Azul, o maior mamífero do mundo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Reprodução/Pexels
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A baleia-azul, o maior mamífero do mundo, causa fascínio e até mesmo assombro, dadas suas dimensões e hábitos. Esse animal, capaz de se comunicar de diversas maneiras, longevo e extremamente pesado, ocupa os oceanos de quase todo o mundo, incluindo o brasileiro.

No entanto, há poucas informações sobre a espécie em águas brasileiras devido à falta de pesquisas. Abaixo, veja 7 fatos explicados pela bióloga Cássia Praiero sobre a baleia-azul, espécie que está criticamente ameaçada de extinção e tem até "sotaque", como os humanos.

Maior mamífero do mundo

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A baleia-azul é o maior animal de que se tem conhecimento no planeta Terra. Com uma língua cujo peso equivale ao de um elefante e um coração com tamanho comparável a um carro, a espécie Balaenoptera musculus já ao nascer pode apresentar aproximadamente cerca de 7 m de comprimento e 7000 kg, explica Cássia. 

Quando adultos, uma lógica comum do reino animal se inverte: é comum que as fêmeas sejam maiores do que os machos. "Os adultos podem pesar em torno de 80.000 kg e 160.000 kg, e atingir tamanhos entre 25 m e 35 m de comprimento", detalha. Elas são extremamente longevas, vivendo cerca de 80 e 90 anos na natureza.

São migratórias 

Essa espécie é migratória, viajando o mundo sazonalmente em busca de melhores condições de alimento, reprodução e cuidados com seus filhotes. Quando nascem, as mães buscam águas “mais quentes e calmas” para exercerem a maternidade. No entanto, a bióloga destaca que por falta de pesquisas não se tem muitos dados sobre elas em águas brasileiras.

Gestam um filhote por vez 

O período de gestação desse animal dura praticamente um ano (de 10 a 12 meses), acontecendo em intervalos de três anos. São mães muito cuidadosas, que dedicam em torno de dois anos para ensinar o filhote a sobreviver sozinho. E é só por volta dos 10 anos que atingem a maturidade sexual.

Esse ciclo longo de gestação e maturação evidencia a importância das medidas de proteção à espécie, pois demora muito para que a quantidade de membros se eleve novamente após diversas mortes.

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Se comunicam a longas distâncias

As baleias se comunicam por meio de vocalizações que atravessam grandes distâncias. Assim, elas podem alertar sobre perigos e se encontrar para acasalar, tornando esse um fator crucial para sua sobrevivência.

"Eles se comunicam de diversas formas, a vocalização, os gestos com as nadadeiras, interagindo com o ambiente, imitando. E uma curiosidade é que os animais acabam tendo um dialeto regional, isso quer dizer que eles acabam adquirindo 'sotaque', igual à gente", diz a bióloga.

Possuem altas habilidades cognitivas

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"Cetáceos de modo geral se destacam pelo alto nível de inteligência e não é raro ver vídeos circulando na internet de golfinhos e baleias pedindo ajuda para humanos quando tem um membro do grupo enroscado na rede, por exemplo", diz a bióloga. 

Os cetáceos constituem uma ordem de animais predominantemente marinhos, mamíferos, e têm como principais representantes as baleias-azuis, cachalotes, jubartes, golfinhos, orcas e botos. O comportamento descrito por Cássia, de interação e confiança em humanos, é estudado pela antropologia e ainda não apresenta respostas conclusivas, mas dá indícios do quão vasta é a percepção desse grupo.

Se alimentam de krill

Por não terem dentes, se alimentam exclusivamente de krill, um pequeno crustáceo. Diariamente, cada baleia precisa ingerir toneladas de krill para se manter nutrida. "As mudanças climáticas vêm afetando não só as baleias, mas também a reprodução desse crustáceo, essencial para a vida das baleias-azuis", ressalta a bióloga, quando questionada sobre os hábitos alimentares dessa espécie.

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Estão criticamente ameaçadas de extinção

A classificação da baleia-azul como criticamente ameaçada de extinção significa que ela está sob alto risco de desaparecer da natureza. Isso se deu pelo intensa caça comercial ao longo dos anos (que ainda persiste em alguns países), com a espécie quase extinta na década de 1960.

Essa é a quinta categoria dentre as sete na escala estabelecidas pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), só sendo superada pela extinção na natureza e extinção total. A escala completa é:

  1. Pouco Preocupante;
  2. Quase Ameaçado;
  3. Vulnerável;
  4. Em Perigo;
  5. Criticamente em Perigo; 
  6. Extinto na Natureza (espécies que só sobrevivem em cativeiro ou fora de sua área natural); e
  7. Extinto.
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O status do animal, no entanto, varia conforme o bioma, já que ela não está igualmente distribuída nos oceanos de todo o planeta. "A poluição química dos mares [por vazamentos de petróleo, por exemplo], a captura acidental por redes de pesca, mudanças climáticas, a exploração comercial no krill na Antártida, colisão com embarcações e até mesmo a poluição sonora são fatores que atrapalham o ciclo da sobrevivência desse animal", completa Cássia.

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