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Urso polar deve ser extinto até 2100 devido ao aquecimento global

Por| 20 de Julho de 2020 às 22h00

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Reprodução: echoyan via Pixabay
Reprodução: echoyan via Pixabay

O futuro do nosso planeta não parece promissor, infelizmente, e já estamos recebendo esse alerta há bastante tempo. Quem mais sente o impacto das mudanças climáticas na Terra acabam sendo os animais, que, ao contrário dos humanos, não conseguem se adaptar tão facilmente às alterações do meio ambiente em que vivem, e acabam correndo um risco grave de extinção.

Entre esses animais estão os ursos polares, que podem acabar deixando de existir antes de 2100, caso nada seja feito até lá. O que vem causando essa ameaça é o derretimento do gelo, uma vez que a previsão é que as temperaturas do mundo todo aumentem em até 4 °C no final do século. Esses animais dependem do gelo para caçar focas, que são o seu principal alimento, mas cerca de 26 mil deles estão sofrendo com alterações fisiológicas, pois em épocas de calor no Ártico já jejuam pelo máximo de tempo que conseguem.

A previsão vem de estudo da equipe do cientista Péter Molnár, da Universidade de Toronto, no Canadá, que foi publicado nesta segunda-feira (20) na revista científica Nature. Por faltar dados da demografia das 19 subpopulações de ursos polares, era difícil fornecer prazos de duração de vida dos ursos polares no futuro. A fim de mudar esse cenário, os pesquisadores imitaram uma abordagem usada por cientistas climáticos para prever as mudanças do futuro.

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Para cada um dos 19 subgrupos de ursos polares foram combinadas estimativas da extensão de gelo em suas áreas do Ártico com a quantidade de gordura que precisa ser ingerida pelos ursos polares antes de entrar em jejum, e com isso foi criado um modelo computacional que calcula o tempo em que eles poderão continuar sobrevivendo e reproduzindo.

O modelo criado pelos cientistas foi comparado com projeções para o passado e observações históricas reais, como o aumento e redução de ursos em áreas de Hudson Bay, no Canadá, entre as décadas de 1980 e 1990. Foi possível, no entanto, modelar 13 dos 19 grupos por não haver modelos climáticos que fossem suficientes para os outros seis. Porém, para Molnár, não há indícios de que os resultados seriam diferentes aos grupos faltantes.

Ainda de acordo com o estudo, mesmo que a emissão de gases de efeito estufa sejam cortadas de forma drástica e o aquecimento global seja mantido a menos de 2°C, muitos dos grupos de ursos polares continuarão sendo forçados contra os seus próprios limites físicos. Com isso, alguns deles ainda podem sobreviver e o resultado ser um pouco menos pior, pelo menos ainda neste século.
 

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Fonte: New Scientist