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Satélite Sentinel-6 já fornece dados altamente precisos sobre o nível dos mares

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

O Sentinel-6 Michael Freilich, atualmente o maior satélite de observação da Terra, passou os últimos 12 meses realizando testes e ajustes para entregar os melhores dados sobre o nível dos mares. Ao fim de seu primeiro ano em órbita, a missão agora fornece as leituras mais precisas de todos os tempos quanto às alterações nos níveis dos mares e oceanos.

O aumento do nível dos mares é um reflexo imediato das mudanças climáticas. Entender como exatamente o oceano se comporta, conforme a Terra esquenta ainda mais, é algo crucial para as políticas públicas que buscam proteger populações vivendo em regiões costeiras ou abaixo do nível médio do mar.

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Esta é uma tarefa extremamente complicada que o Sentinel-6 Michael Freilich tem executado muito bem. Lançado em 21 de novembro de 2020, o satélite usa a altimetria desenvolvida pela Agência Espacial Europeia (ESA) para dar continuidade ao trabalho iniciado em 1992 com o Topex-Poseidon.

O Sentinel-6 faz parte da missão Copernicus da União Europeia, mas também conta com a cooperação da Eumetsat, NASA e NOAA, além da agência espacial francesa (CNES), para se tornar o padrão no registro das medições da altura dos oceanos.

Os primeiros dados do satélite foram divulgados em junho deste ano e usados em previsão meteorológica e modelos de previsão sazonal, mas eram de baixa resolução. Agora, a missão passa a lançar seus produtos de alta resolução obtidos por seu poderoso altímetro Poseidon-4.

Nova fase da missão do Sentinel-6

O Poseidon-4 oferece simultaneamente as medições de baixa resolução e as de alta. Os dados de baixa resolução são combinados com as medições do Jason-3, satélite que veio antes do Sentinel-6, para garantir a continuidade de leitura — e os dados da alta resolução fornecem a confiança absoluta.

Neste último ano, o Sentinel-6 orbitou a Terra 30 segundos atrás do Jason-3, seguindo a mesma trajetória, para garantir a melhor compreensão entre os dados de baixa e alta resolução. “A missão Copernicus Sentinel-6 é robusta, precisa e altamente confiável”, disse a gerente do programa de altimetria oceânica da Eumetsat, Julia Figa Saldana.

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Os cientistas ressaltaram que os dados do Sentinel-6 são essenciais monitorar o impacto das mudanças climáticas nos oceanos do planeta. Segundo o pesquisador da ESA à frente da missão, Craig Donlon, o satélite oferece não apenas uma visão única, mas também integrada ao relacionar o derretimento do gelo com o aumento dos níveis dos mares.

E um sucessor do satélite, chamado Sentinel-6B, já está em produção na Alemanha. Agora, ele passa por uma série de testes ambientais que devem durar até março de 2022. Se tudo der certo, ele será preparado para um lançamento previsto somente para o final de 2025.

Fonte: ESA