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Pesquisadores extraem gelo de 5 milhões de anos na Antártida

Por| Editado por Rafael Rigues | 16 de Agosto de 2022 às 15h30

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henrique setim/Unsplash
henrique setim/Unsplash

Um núcleo de gelo com cerca de 5 milhões de anos foi extraído de Ong Valley, na Antártida. O procedimento faz parte de um estudo de Maria Bergelin, pesquisadora assistente na Universidade de Dakota do Norte, junto de outros pesquisadores, e o material obtido parece pertencer ao Piloceno, época em que as temperaturas globais e níveis de dióxido de carbono eram maiores que aqueles observados hoje.

Para conseguir a amostra, os pesquisadores realizaram perfurações entre os verões de 2017 e 2018, e coletaram um núcleo de 9,5 m. Testes iniciais dos isótopos do gelo sugeriram que ele tem entre três e cinco milhões de anos. Os cientistas vêm extraindo núcleos congelados da Antártida há tempos, na tentativa de encontrar bolhas de ar presas há milhões de anos no material congelado.

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Até então, a maior parte das amostras foi extraída de locais do leste da Antártida, já que o gelo ali foi depositado lentamente em camadas limpas, ao longo de um processo que se estendeu por milhões de anos. Desta vez, os pesquisadores decidiram perfurar Ong Valley, uma região nas Montanhas Transantárticas que, como o nome sugere, dividem a Antártida leste e oeste.

O gelo ali foi depositado por geleiras que deslizaram das montanhas, e conforme o gelo da parte superior derreteu, as rochas delas formaram uma camada que serviu como proteção do material congelado. O gelo ali pode ter até cinco milhões de anos, e as análises da amostra sugerem que o lençol congelado sob as rochas tem duas camadas; isso pode significar que duas geleiras foram parar na região com milhões de anos de intervalo.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Cryosphere.

Fonte: The Cryosphere; Via: Phys.org, IFLScience