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Animação mostra a Terra "expirando" carbono com a passagem das estações do ano

Por| Editado por Patricia Gnipper | 24 de Janeiro de 2022 às 12h10

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_Tempus_/Envato
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Uma nova animação permite observar as alterações no ciclo do carbono enquanto as estações mudam, como se a atmosfera da Terra estivesse respirando. O modelo, elaborado pelo Instituto Max-Planck, também revela, em escala global, como a cobertura vegetal desempenha um papel fundamental nesta dinâmica.

A animação foi criada a partir de um conjunto de dados de satélites e de dezenas de estações de monitoramento de carbono no planeta. Nela, a atmosfera da Terra parece diminuir durante o verão devido à vegetação que cresce e absorve mais carbono. Já no inverno, acontece o oposto: a atmosfera começa a inflar em consequência da perda da cobertura vegetal durante essa estação, na qual boa parte das plantas perde suas folhas e passa a absorver menos carbono.

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As variações são mais óbvias nas latitudes temperadas, como na Europa continental e na América do Norte, onde as estações são mais demarcadas. Na faixa equatorial, quase não há mudanças e, nas regiões desérticas, praticamente nenhuma.

O ciclo do carbono na atmosfera da Terra

O carbono é liberado para a atmosfera terrestre a partir de vários processos, como a decomposição de matéria orgânica ou até mesmo pela erosão de rochas que contenham compostos de carbono.

Em um caminho inverso, as plantas e espécies dos oceanos, que dependem do carbono para realizar a fotossíntese, absorvem o elemento. A animação não deixa dúvidas sobre a influências da cobertura vegetação nessa dinâmica.

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Regiões que abrigam florestas, como a Amazônia brasileira e as do leste europeu, absorvem grande quantidades de carbono no hemisfério Sul e Norte, respectivamente. No entanto, os oceanos ficaram de fora dessa conta, pois não variam muito de estação para estação.

Markus Reichstein, diretor do Departamento de Integração Biogeoquímica do Instituto Max-Planck, que esteve à frente da animação, disse que as mudanças climáticas têm alterado o ciclo do carbono, mas tais alterações ainda são pequenas em escala global. No entanto, à medida que as temperaturas no hemisfério Norte subirem, alterando o ciclo de chuvas, o crescimento da vegetação poderá ser profundamente comprometido. “A mensagem é que as florestas são cruciais para a saúde do planeta”, acrescentou Reichstein.

Fonte: Via Space.com