Onda de calor em SP: Defesa Civil decreta estado de atenção na capital
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |

Na noite de quinta-feira (21), a Defesa Civil da capital decretou estado de atenção por causa das altas temperaturas que podem ser registradas em toda a cidade de São Paulo. A alta nos termômetros é provocada pela onda de calor que se espalha por todo o país desde o começo da semana.
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Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Defesa Civil do estado, os termômetros na capital podem chegar a 37,1 ºC no sábado (30). Em São Paulo, a última máxima histórica registrada foi no dia 17 de outubro de 2014, quando as temperaturas chegaram a 37,8ºC — este é o recorde absoluto desde o início das medições.
Fora da capital, cidades do interior podem bater o recorde de temperatura máxima durante o final de semana. É o caso de Araçatuba com previsão de registrar 41 ºC — por lá, o recorde é 37,4 ºC. Outro caso é Presidente Prudente, onde os termômetros devem chegar na casa dos 41 ºC.
Por que está tão quente em São Paulo?
O calor intenso sentido em São Paulo é provocado pela onda de calor que afeta inúmeros pontos do país. “Isso decorre da atuação de uma forte massa de ar quente e seca que incide sobre o Estado, juntamente com um sistema de alta pressão que deve se estabelecer sobre a região, caracterizando um bloqueio atmosférico, que mantém o tempo quente e seco até o final da estação do inverno”, detalha a Defesa Civil do estado.
Por conta da bolha de calor, a umidade relativa do ar está baixa. Na cidade de São Paulo, no Litoral Norte e na Baixada Santista, o índice será menor que 30%. Em outras regiões, como Ribeirão Preto, Franca e Presidente Prudente, os níveis devem ser críticos, menores que 20%.
Diante do atual cenário de calor extremo, que não é localizado, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, na quarta-feira (20), um alerta vermelho de "grande perigo" para nove estados brasileiros, incluindo São Paulo, que é válido até domingo (24).
Como se proteger do calor?
Com as temperaturas altas e a baixa umidade, a Defesa Civil da capital lembra que "estas condições meteorológicas dificultam a dispersão de poluentes, favorecem a formação de queimadas e prejudicam a qualidade do ar, além de elevar os riscos à saúde humana, principalmente de desidratação".
Nestas circunstâncias, é importante se proteger do calor, como:
- Manter o corpo hidratado, bebendo bastante água;
- Evitar o sol durante as partes mais quentes do dia, inclusive atividades ao ar livre nesses períodos;
- Se necessário, usar soro fisiológico no nariz para evitar o ressecamento;
- Se for preciso, usar colírio lubrificante para evitar o ressecamento dos olhos.
Os cuidados com o calor excessivo devem ser redobrados com crianças pequenas, idosos e animais de estimação, já que podem ser as principais vítimas de complicações. A partir de segunda-feira (25), o clima deve começar a “esfriar”.
Fonte: CGE e Governo de SP