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Mapa mostra últimos 100 milhões de anos da Terra em detalhes inéditos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 07 de Março de 2023 às 13h27

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Imagem: Reprodução/University of Sydney
Imagem: Reprodução/University of Sydney

A atividade tectônica, fatores climáticos e o passar do tempo mudam nosso planeta em um processo lento, mas constante. Cientistas da Universidade de Sydney uniram estes fatores em um modelo geológico computacional que traz detalhes inéditos da evolução da Terra ao longo dos últimos 100 milhões de anos.

O estudo, publicado na revista Science, é o primeiro a fornecer em alta resolução um entendimento sobre o surgimento de formações geológicas na superfície terrestre. Em especial, o modelo detalha como os rios carregaram toneladas de sedimentos aos oceanos.

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Tristan Salles, líder do estudo, afirma que para prever futuras transformações no planeta, é preciso entender o seu passado. “Nossos modelos geológicos só haviam fornecido compreensões fragmentadas de como as formações físicas recentes do nosso planeta se formaram,” diz o pesquisador. “Esse é um grande avanço, não é somente uma ferramenta para investigar o passado, mas também vai ajudar cientistas a entender e prever o futuro.”

O modelo computacional fornece informações sobre a superfície do planeta em uma resolução de 10 quilômetros, muito alta se tratando de um estudo global. Já na escala temporal, os 100 milhões de anos são quebrados de um em um para apresentar a evolução da Terra.

Laurent Husson, cientista do Instituto de Ciência da Terra em Grenoble, França, e co-autor do estudo, destaca que os resultados “capturam as dinâmicas da transferência de sedimentos da superfície para os oceanos de uma forma que não era possível antes.” Esse processo é fundamental para entender a química dos mares no dia de hoje e o ciclo de carbono no planeta.

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Salles complementa que, como essa química vem sendo alterada rapidamente pelas atividades humanas, é importante ter as ferramentas para compreender e prever suas mudanças.

Os autores esperam ainda que cientistas de diversos outros campos, como o dos ciclos bioquímicos e o da evolução das espécies, também possam usar o modelo como base para seus estudos.