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Como a Inteligência Artificial pode prevenir ondas traiçoeiras

Por| Editado por Luciana Zaramela | 28 de Novembro de 2023 às 18h34

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Matt Paul Catalano/Unsplash
Matt Paul Catalano/Unsplash

Em estudo publicado na PNAS no último dia 20, pesquisadores apresentaram uma inteligência artificial capaz de prever quando haverá ondas gigantes e violentas (também chamadas de monster waves, ou ondas monstruosas, na tradução livre). Conforme alerta a National Oceanic and Atmospheric Administration, essas ondas são altamente imprevisíveis e podem devastar os navios que as encontram.

A formação acontece quando as ondas do oceano passam umas pelas outras, combinando-se para formar gigantescas paredes de água. No entanto, os mecanismos exatos de por que e onde aparecem não são claros.

Para o estudo, os cientistas usaram dados oceânicos de 700 anos, incluindo registros históricos de 158 locais em todo o mundo e criaram uma fórmula para prever os fenômenos. Os autores mapearam as variáveis ​​que criam ondas rebeldes e usaram a IA para agrupá-las em um único modelo que poderia determinar a probabilidade de formação de uma dessas ondas.

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Assim, a equipe treinou uma rede neural usando dados históricos de ondas, de acordo com o artigo. Isso gerou um sistema que aprendeu sozinho as causas das ondas violentas.

Ondas gigantes e rebeldes

O grupo aponta que a análise demonstra que ondas anormais ocorrem o tempo todo. Ao todo, eles registraram 100 mil ondas no conjunto de dados que podem ser definidas como violentas. Isso equivale a cerca de uma onda gigante e violenta ocorrendo todos os dias em qualquer local aleatório do oceano.

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Ondas turbulentas podem representar um sério risco para as embarcações. Ainda no ano passado, uma onda mortal atingiu um navio de cruzeiro perto da Antárctida , matando uma pessoa e ferindo outras quatro.

Conforme defende a equipe, a nova equação mostra efetivamente a receita para uma onda traiçoeira, e pode proteger melhor os navios de passageiros e de carga da devastação enquanto navegam ao redor do mundo.

A estimativa do estudo é que as empresas possam usar o algoritmo para prever quando e onde poderá surgir a combinação de fatores com potencial para a formação de uma dessas ondas gigantes e traiçoeiras, proporcionando assim a possibilidade de se recorrer a um caminho alterntivo.

Fonte:  National Oceanic and Atmospheric Administration, PNAS