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Google mistura física e IA para criar previsão do tempo ainda mais precisa

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Andra C Taylor Jr/Unsplash
Andra C Taylor Jr/Unsplash

O que acontece quando se junta inteligência artificial e física? Uma previsão do tempo precisa e eficaz. É o que garantem os pesquisadores do Google, com um novo modelo chamado NeuralGCM. As informações estão publicadas na revista científica Nature.

Os modelos atuais usam equações para modelar mudanças na atmosfera e fornecer projeções precisas, mas o problema apontado pelos pesquisadores é que são extremamente lentos e caros para executar.

Esse novo sistema do Google usa um modelo convencional para calcular grandes mudanças atmosféricas necessárias para fazer uma previsão.

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O modelo então incorpora inteligência artificial. E justamente por usar uma abordagem híbrida combinando modelos baseados em física padrão com uma ferramenta de machine learning, a equipe conseguiu evitar problemas vistos em experimentos em que se usou apenas a IA.

O resultado: um modelo que pode produzir previsões sob a promessa de mais rapidez e menor necessidade de recursos, ou seja: por uma fração do custo atual.

Eventos climáticos de larga escala

A grande promessa está em eventos climáticos de larga escala que são proibitivamente caros para modelar com técnicas convencionais. A ideia é que a tecnologia possa prever ciclones tropicais com mais antecedência e modelar mudanças climáticas mais complexas que estão a anos de distância. 

“O NeuralGCM é o primeiro modelo baseado em machine learning a fazer previsões meteorológicas de conjunto precisas. É também, até onde sabemos, o primeiro modelo híbrido que atinge viés espacial comparável aos modelos globais de resolução de nuvens, e pode simular trilhas realistas de ciclones tropicais”, diz o estudo.

“Acreditamos que a abordagem de modelagem híbrida diferenciável do NeuralGCM tem o potencial de transformar a simulação para uma ampla gama de aplicações, como descoberta de materiais, dobramento de proteínas e design de engenharia multifísica”, conclui a pesquisa.

O projeto faz parte do maior esforço de IA do Google, e os autores observam que a abordagem híbrida de física e IA pode impulsionar outros esforços na área da ciência.

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Fonte: Nature