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Estudo confirma ligação do aquecimento global com secas e enchentes extremas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 14 de Março de 2023 às 11h52

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midianinja/CC BY-NC-SA 2.0
midianinja/CC BY-NC-SA 2.0

A quantidade e intensidade dos eventos de seca e de enchentes nas últimas duas décadas é notável, especialmente para as pessoas que vivem nas áreas afetadas. Um estudo publicado nesta segunda (13), na revista científica Nature Water confirma que esses aumentos não são por acaso: o aquecimento global está causando cada vez mais eventos climáticos extremos.

Perda de colheitas, danos às pessoas e à infraestrutura das cidades e até crises humanitárias — estas são apenas algumas das consequências de dois extremos climáticos que vêm acontecendo repetidamente ao redor do mundo: as secas e as enchentes. O estudo que confirmou a relação de tais eventos com o aquecimento global foi feito por dois cientistas do Goddard Space Flight Center da NASA, usando dados dos satélites GRACE, especializado em coletar dados relativos ao estoque de água na Terra.

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Matthew Rodell e Bailing Li apontam atividades humanas, como a queima de combustíveis, como as responsáveis pelos resultados observados. “Fiquei surpreso ao ver quão correlacionados estão as intensidades [dos eventos climáticos] com a temperatura média global,” afirma Rodell, diretor do departamento de ciências da Terra no centro de pesquisas da NASA.

A pesquisa analisou mais de 1.000 eventos climáticos entre 2002 e 2021 através de um algoritmo capaz de identificar os locais onde o solo esteve mais seco ou mais úmido que o normal. Entre as chuvas extremas, o estudo destaca as que aconteceram na África sub-Saariana no final de 2021, as da Austrália entre 2011 e 2012 e na América do Norte entre 2018 e 2021. Já em relação às secas, as mais intensas podem soar familiares aos brasileiros.

Os cientistas citam uma seca recorde entre 2015 e 2016 no nordeste brasileiro e a que atinge o Cerrado desde 2019. A falta de chuvas que abalou o abastecimento de água do sistema Cantareira em São Paulo entre 2014 e 2015 também é citada.

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Além de secas e enchentes acontecerem em lugares distintos, o artigo também revela que os eventos de falta de água superaram os de excesso em cerca de 10%. Já no que diz respeito à duração dos eventos e sua extensão geográfica, os resultados apontam que tanto as secas quanto as chuvas têm características semelhantes.

Fonte: Nature Water Via: Phys.org