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Este programa está monitorando o rápido crescimento da urbanização global

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Novembro de 2021 às 14h50

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NASA
NASA

O rápido crescimento da urbanização previsto para as próximas décadas pode tornar os desafios das mudanças climáticas ainda maiores. Compreender as dinâmicas do crescimento populacional no mundo e seus assentamentos será fundamental para nos protegermos de um possível caos. Pensando nisso, a Agência Espacial Europeia (ESA) e o German Aerospace Center (DLR) estão trabalhando com alguns parceiros no World Settlement Footprint, o conjunto de dados mais abrangente do mundo sobre assentamentos humanos.

Segundo o Departamento de Economia e Assuntos Sociais da ONU, estima-se que até 2050 a população mundial chegará aos 9,7 milhões de pessoas. Atualmente, as áreas urbanas são responsáveis por 55% desses habitantes — número que, até a metade do século, deve subir para 68%. Além dos desafios climáticos, o aumento populacional pode contribuir com a poluição do ar e dificultar a gestão de recursos como água, comida e energia.

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Justamente por isso, a ESA e o DLR estão desenvolvendo, em parceria com a equipe do Google Earth Engine, este grande conjunto de dados. O World Settlement Footprint é composto por vários produtos distintos, dentre os quais dois foram apresentados durante a conferência climática COP26. O primeiro é o World Settlement Footprint 2019 (WSF 2019) e, o segundo, é o World Settlement Footprint Evolution — ambos produzidos com milhões de horas de computação do Google.

Enquanto o FSM 2019 usa dados das missões Copernicus, Sentinel-1 e Sentinel-2 para informar sobre os assentamentos humanos globais com detalhes e alta precisão, o WSF Evolution é gerado pelo processamento de sete milhões de imagens coletadas entre 1985 a 2015 pelo programa LandSat, da NASA. Juntos, estes programas fornecem uma visualização sem precedentes da urbanização em escala global.

Estas ferramentas também serão cruciais para que escritórios de estatísticas nacionais, autoridades, sociedade civil e organizações internacionais estabeleçam suas metas para alcançar cidades sustentáveis no futuro. Os dados do FSM já demonstraram ser uma peça importante para analisar a urbanização em países em desenvolvimento.

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Marc Paganini, da ESA, explica que a disponibilidade de fluxos de dados contínuos de alta qualidade, vindos de satélites de acesso gratuito como os Sentinels do programa europeu Copernicus e o LandSat da NASA, combinados a métodos automatizados para processamento e análise de um grande volume de dados, oferecem uma oportunidade única de monitorar com eficiência as mudanças e tendências no desenvolvimento urbano global.

Os programas foram testados por alguns usuários, como Banco Mundial, Banco Asiático de Desenvolvimento, UN-Habitat e Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os quais deram retornos positivos. “Usando o WSF Evolution, nossa equipe tem monitorado a exposição ao risco de enchentes de cidades em crescimento ao redor do mundo, como Bangkok, Tailândia”, disse Sameh Wahba, diretora da Prática Global Urbana, Gestão de Risco de Desastres, Resiliência e Terras do Banco Mundial.

As plataformas já podem ser acessadas a partir das páginas World Settlement Footprint 2019 e World Settlement Footprint Evolution.

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Fonte: ESA