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Derretimento no Ártico pode liberar quantidade perigosa de carbono na atmosfera

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Danting Zhu/Unsplash
Danting Zhu/Unsplash

O mundo está ameaçado pelas altas taxas de carbono emitidas pelos humanos na atmosfera, o que não é mais novidade quando se fala de aquecimento global. Agora, de acordo com um estudo recente, as ameaças também vêm do permafrost do Ártico, que podem contar com cinco vezes mais da quantidade de carbono já emitida pela ação humana, o que acaba trazendo preocupações em relação ao derretimento desse gelo. 

Segundo a pesquisa, o solo do Ártico está repleto de micróbios que reduzem o ferro que está prendendo o carbono no solo, correndo o risco de ser liberado na atmosfera com o aumento das temperaturas. O estudo mostra que o CO₂ que deve ser liberado pode ser equivalente a 5% de todo o carbono já existente, o que já é cinco vezes mais que todo o carbono já emitido pela ação humana todos os anos. 

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Os cientistas descobriram a ameaça estudando um pântano localizado no norte da Suécia, coletando três amostras do solo ao longo de três anos, e o resultado da análise pode mudar a forma em que os modelos climáticos veem o futuro. Quanto mais os micróbios presentes no solo se alimentam com o derretimento, mais eles "quebram" a ligação entre o carbono e o ferro, fazendo com que o gás de efeito estufa seja liberado. 

Os pesquisadores também descobriram que as camadas mais profundas do solo podem contar com um número maior de óxidos de ferro, que fazem a retenção do carbono, e que a pesquisa realizada no Ártico não costuma focar nessa parte mais profunda. Entre os estudos que precisam ser mais aprofundados, também está como será o processo de redução do ferro durante o derretimento do permafrost, analisando a condição do solo, e quanto tempo isso vai levar.

 

 

Fonte: ScienceAlert