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Cor de folhas das árvores pode atuar como alerta para possível erupção vulcânica

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Juergen Balbach/Pixabay
Juergen Balbach/Pixabay

Mais uma ferramenta em potencial para prever erupções vulcânicas surgiu — é a coloração das árvores nas regiões próximas aos vulcões. Estudos de cientistas das Universidades de Houston e McGill descobriram que as folhas arbóreas ficam mais verdes perto dos momentos de atividade vulcânica, resultado da lava chegando próxima da superfície.

A liberação de mais gás carbônico pelo magma é a responsável pelo fenômeno, que acaba melhorando a saúde das plantas e deixa sua coloração mais lustrosa. O dado, chamado de Índice de Diferença na Vegetação Normalizada (IDVN), pode ser observado por satélites, servindo como um sistema de aviso sem a necessidade de sensores de superfície ou trabalho de campo na proximidade dos vulcões.

Árvores, vulcões e mudanças climáticas

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A vulcanóloga Nicole Guinn, da Universidade de Houston, estudou o fenômeno nas cercanias do Monte Etna, na Itália, comparando dados de sensores locais com imagens de satélite. Isso revelou uma forte relação entre o CO2 e o verde das árvores. Ao longo de dois anos, a equipe da cientista notou 16 aumentos no dióxido de carbono local em sincronia com os movimentos de magma, mesmo em locais distantes de aberturas na montanha.

O estudo se baseou em uma pesquisa de 2019 pelo vulcanólogo Robert Bogue, da Universidade McGill, que analisou vulcões ativos da Costa Rica. Bogue e Guinn juntaram, então, uma equipe para um projeto conjunto entre a NASA e o Instituto Smithsonian para observar vulcões na Costa Rica e no Panamá. O esforço faz parte da missão colaborativa AVUELO, que busca desenvolver maneiras de observar a saúde do planeta a partir de satélites.

Métodos atuais, como o Observatório de Carbono Orbital 2, da NASA, só conseguem identificar grandes erupções vulcânicas. Ao invés de depender de medições carbônicas diretas, os pesquisadores buscam maneiras intermediárias mais fáceis, como a mudança de cor na vegetação. O estudo também analisa os efeitos do aumento de CO2 nas árvores, já que, com as mudanças climáticas, as plantas serão mais expostas ao gás. Saber o quanto as árvores aguentam pode ajudar nas preparações para o futuro.

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Fonte: Biogeosciences, Remote Sensing of Environment, NASA

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