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Conheça Bowie, a raríssima lagosta bicolor de dois sexos

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Lifeonwhite/Envato Elements
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Nos Estados Unidos, um pescador de lagostas encontrou aquela que, muito possivelmente, é a lagosta mais rara de todo o Oceano Atlântico. Apelidada de Bowie, a criatura é metade azul e metade laranja — a cor mais tradicional desse tipo de crustáceo. Só que ela também é meio fêmea e meio macho. É como se fossem duas criaturas diferentes unidas pelo meio.

A raríssima lagosta Bowie foi pescada por um amigo de Jacob Knowles. Por sua vez, Knowles detalha toda a sua rotina com os achados do mar nas redes sociais, em vídeos que viralizam. Por exemplo, o primeiro registro sobre a lagosta teve 9,3 milhões de views no TikTok. A seguir, veja um desses vídeos com o crustáceo surpreendente:

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"Esta é a lagosta mais legal que eu já vi”, afirma Knowles, com bastante entusiasmo. Afinal, ela é muito mais do que um crustáceo com duas cores, porque possui ginandromorfismo. “O lado azul é macho, e o lado ‘normal’ [laranja] é fêmea”, explica.

Diante de tantas características inusitadas — azul é a cor mais rara entre as lagostas —, incluindo a coexistência dos dois sexos, os seguidores do tiktoker votaram para ela recebesse o nome de Bowie, em homenagem ao cantor que foi conhecido como o camaleão do Rock, David Bowie, por suas inúmeras transformações ao longo da carreira.

Lagosta azul e laranja

Na natureza, a cor azul em lagostas é algo considerado extremamente raro, tanto é que os espécimes com essa coloração são normalmente compartilhados nas redes. Segundo especialistas, a estimativa é que nasça um indivíduo com essas características a cada 2 milhões.

No Brasil, pelo menos duas lagostas azuis já foram encontradas. Ambas foram capturadas em Maragogi, no estado de Alagoas. Além daqui, existem outros relatos também vindos dos EUA, da Escócia e da Irlanda do Norte, por exemplo.

Agora, as lagostas com duas cores, azul e laranja, são ainda mais raras. A estimativa é que seja uma para cada 50 milhões. Por conta da baixa ocorrência de espécimes com essas características, como Bowie, as estimativas podem não ser tão precisas.

Metade macho, metade fêmea

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A raríssima lagosta é considerada como um exemplar de ginandromorfo bilateral, já que tem o corpo dividido em dois: metade macho e metade fêmea. Essa condição é completamente diferente dos hermafroditas, nos quais as diferenças estão mais nos genitais.

Além de lagostas, inúmeros animais já foram identificados com essa condição, como galinhas, bichos-da-seda, caranguejos, borboletas, serpentes e abelhas.

Os cientistas ainda não sabem o que causa o ginandromorfismo, mas a suspeita é que o erro esteja em óvulos duplamente fertilizados. No entanto, mais investigações são necessárias, já que a causa pode variar de espécie para espécie. É possível que efeitos da radiação também interfiram nesse processo.

Vale explicar que, até o momento, a lagosta Bowie não foi devolvida ao mar por Jacob, após ser pescada. Temporariamente, é criada em um cativeiro com água salgada, como é possível observar no vídeo a seguir:

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