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Conheça a Cidade Perdida no Atlântico, um dos ambientes mais extremos do planeta

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Janeiro de 2023 às 17h50

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Imagem: D. Kelley/UW/URI-IAO/NOAA
Imagem: D. Kelley/UW/URI-IAO/NOAA

Descoberta em 2000, a “Cidade Perdida”, localizada no fundo do Oceano Atlântico, é o mais antigo ambiente de fontes hidrotermais conhecido no planeta. 700 metros abaixo da superfície, a região é composta por formações de carbonato que variam de alguns centímetros até um grande monólito de 60 metros de altura.

Pesquisas estimam que a Cidade Perdida tenha se originado há pelo menos 120.000 anos. Suas torres se estendem ao oeste da Dorsal Mesoatlântica — formação originada pela separação das placas tectônicas sul americana e africana. Lá, hidrogênio, metano e outros gases reagem com a água do mar criando um ambiente extraordinário, onde microrganismos sobrevivem sem a presença de oxigênio.

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Ambientes como esse podem ser a chave da descoberta de como surgiu a vida na Terra. Mas essa descoberta pode ajudar a encontrar vida em outros planetas também. “Esse é um exemplo de ecossistema que pode estar ativo em Encélado ou Europa, [luas de Saturno e Júpiter]”, afirmou o microbiólogo William Brazelton.

Este não é o único campo hidrotermal no planeta, mas foi o único descoberto por veículos remotamente operados. Cientistas que estudam o local destacam a importância de sua proteção e das pesquisas realizadas lá. Em 2018, porém, a Polônia adquiriu direitos de mineração nos arredores da Cidade Perdida, pondo em risco a estabilidade do ambiente.

Não há recursos de valor no local em si, mas qualquer exploração mineral nos arredores pode ter graves consequências. Por conta disso, especialistas estão pedindo que a Cidade seja incluída na lista de Patrimônios da Humanidade da UNESCO, que garante a conservação de ambientes naturais e construídos ao redor do mundo.

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Existindo há dezenas de milhares de anos e abrigando um dos ambientes mais peculiares do planeta, a Cidade Perdida pode, em breve, se perder para sempre.

Fonte: Science Alert