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Cientistas querem usar geoengenharia para recongelar a Antártica

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Reprodução/Pxhere
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A start-up Real Ice planeja usar água do mar para engrossar o gelo do Ártico com uma tecnologia chamada de geoengenharia. A empresa sediada no Reino Unido afirma em seu site que "restituir o gelo marinho é uma parte crítica da restauração do nosso mundo natural", e compara a medida com reflorestar a Amazônia.

O projeto envolveria inundar o gelo marinho com água do mar para criar uma camada extra de gelo. Depois, ao final do inverno, uma camada de neve será recriada acima da parte congelada para protegê-la da radiação solar, que voltará a aumentar. Isso seria feito com hidrogênio verde, gerado a partir de energia renovável (energia eólica ou solar).

A ideia de re-congelar o Ártico busca reverter dados críticos apontados ano após ano pelos cientistas. Em 2023, a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou que o degelo polar na Groenlândia e na Antártida quintuplicou desde a década de 1990. Ao todo, foram 7,56 trilhões de toneladas de gelo derretido entre 1992 e 2020. No mesmo ano, de acordo com o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, em inglês), o gelo marinho que contorna a Antártida atingiu os níveis mais baixos já registrados, mesmo durante o inverno.

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No site da empresa o presidente executivo Simon Woods diz estar "tentando semear uma indústria de cultivo de gelo" com o intuito de "proteger comunidades globais e locais dos efeitos drásticos do aquecimento do Ártico e, além disso, ajudar a preservar a biodiversidade natural de um ecossistema essencial". 

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Fonte: IOP Science, Real Ice