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Cientistas querem “escurecer” o Sol para frear aquecimento global

Por| Editado por Patricia Gnipper | 28 de Novembro de 2022 às 12h18

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T. Boris, C. A. Lockwood, D. Zimmermann
T. Boris, C. A. Lockwood, D. Zimmermann

Uma medida desesperada de frear o aquecimento global vem sendo cada vez mais considerada por especialistas. A geoengenharia solar, que promete “escurecer o Sol", sempre foi vista como um último recurso contra a crise climática, mas cientistas já estão considerando usá-la.

A geoengenharia solar consiste no lançamento de partículas reflexivas na atmosfera para diminuir o calor que o planeta absorve. O procedimento não escurece, de fato, o Sol: ele continuaria emitindo a mesma radiação, mas uma parte menor dela chegaria à superfície terrestre.

No último mês, a ideia polêmica vem ganhando força para deixar o campo da ficção científica e se tornar realidade. A Casa Branca anunciou um plano de estudo de cinco anos sobre o tópico como forma de reagir a seus fracassos em atingir as metas climáticas.

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É sabido que partículas em suspensão na atmosfera podem ter um efeito de resfriamento na Terra. Isso é observado após erupções vulcânicas e a ideia da geoengenharia solar funciona de forma semelhante. A técnica consiste na injeção de dióxido de enxofre na estratosfera.

Embora haja um certo consenso que a ideia funcionaria (ao menos em teoria), as preocupações em relação aos seus impactos são grandes. Opositores apontam que os efeitos colaterais ao redor do globo podem incluir eventos extremos, como inundações, em locais inesperados.

Com estes impactos, além do alto custo, a ideia não é simples de ser colocada em prática sem danos colaterais. A questão que fica é se humanidade chegará ao ponto em que a geoengenharia será a única solução para salvar o planeta.

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Fonte: The New YorkerFuturism