Cidade na Rússia declara emergência após vazamento de radiação
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
Nas últimas semanas, a cidade de Khabarovsk, no extremo leste da Rússia, esteve envolvida em um acidente com vazamento de material radioativo. No epicentro do problema, os níveis de radiação aumentaram 1,6 mil vezes. Enquanto a situação era resolvida, as autoridades declararam estado de emergência.
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Os primeiros relatos dos elevados níveis de radiação surgiram no dia 28 de março, em uma parte mais afastada da cidade russa — a região central é habitada por 640 mil pessoas. No entanto, o problema envolvendo o material radioativo foi oficialmente confirmado na última sexta-feira (5).
Vazamento de radiação na Rússia?
Para entender toda a história, vale mencionar que um nível de radiação de 0,5 microsieverts (mSv), por hora, é classificado como seguro. Num ponto a 2,4 km da área residencial da cidade russa Khabarovsk, este nível era 1,6 mil vezes maior.
Após a confirmação do problema, as autoridades locais isolaram toda a área potencialmente de risco, dando início às investigações para localizar a fonte do vazamento de material radioativo.
Segundo o The Moscow Times, a fonte da radiação foram fragmentos contendo césio, proveniente de um depósito de metal dos arredores. Em seguida, o material foi colocado em um recipiente adequado e destinado para o descarte correto (e seguro para a saúde humana).
Fim do estado de emergência
Na terça-feira (9), a equipe do South China Morning Post apurou a situação da cidade russa, após o vazamento de radiação. Segundo as autoridades locais, o incidente já foi resolvido.
Não foram relatados acidentes envolvendo humanos — em alguns casos, a exposição à radiação ionizante pode causar câncer e até provocar a morte — e nem maiores contaminações ambientais foram associadas ao episódio.
Caso do césio-137 no Brasil
De forma bastante diferente do caso observado na Rússia, no Brasil, um dos piores acidentes com material radioativo envolveu a exposição ao césio — para ser mais preciso, ao césio-137.
Por causa do descarte inadequado de um aparelho de radioterapia, as pessoas se contaminaram no ano de 1987, em Goiânia. De forma direta, quatro mortes foram associadas ao episódio, mas mil indivíduos foram afetados.
Fonte: South China Morning Post e The Moscow Times