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Bilhões de pessoas estariam salvas do aquecimento global com limite de 1,5 ºC

Por| Editado por Patricia Gnipper | 22 de Maio de 2023 às 15h51

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Reprodução: Pete Linforth/Pixabay
Reprodução: Pete Linforth/Pixabay

Diversos estudos demonstram a importância de limitar o aquecimento global em 1,5 ºC em relação às temperaturas anteriores à Revolução Industrial. Uma nova pesquisa, publicada na revista Nature Sustainability, reforça a questão ao quantificar em bilhões o número de pessoas que estariam expostas a temperaturas perigosas caso esse limite seja ultrapassado.

O limite de 1,5 ºC de aquecimento global foi definido em 2015, com o Acordo de Paris, como uma meta para a humanidade. Quase dez anos depois, porém, projeções de cientistas climáticos indicam que ela está longe de ser cumprida — o planeta se encaminha para esquentar até 2,7 ºC até 2100. De acordo com os resultados apresentados por cientistas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, cerca de 2 bilhões de pessoas estariam em risco neste cenário.

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A pesquisa destaca o “enorme potencial”, nas palavras dos cientistas, que mudanças nas políticas climáticas têm de salvar vidas. A porcentagem da população mundial expostas às altas temperaturas cairia de 22% para 5% com a meta de 1,5 ºC sendo cumprida. Segundo o artigo, hoje, 60 milhões de pessoas já se encontram expostas a um nível perigoso de calor — média de temperatura de 29 ºC.

Para cada 0,1 ºC de aquecimento global acima dos níveis atuais, 140 milhões de pessoas serão expostas a quantidades perigosas de calor,” explica Tim Lenton, um dos responsáveis pelo estudo. Nos piores cenários — com o aquecimento global chegando de 3,6 a 4,4 ºC — metade da população mundial estaria ameaçada. “Os custos do aquecimento global são frequentemente expressos em termos financeiros, mas nossa pesquisa destaca o enorme custo humano se falharmos ao lidar com a emergência climática,” afirma o cientista.

Os países com maior número de pessoas ameaçadas pelo aquecimento global seriam a Índia e a Nigéria. Já em relação à maior área exposta a níveis perigosos de calor, o Brasil lidera a lista, seguido por Austrália e Índia. Por outro lado, apenas uma porcentagem mínima das terras brasileiras estariam em risco caso a humanidade cumpra a meta de 1,5 ºC.

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Para evitar os piores cenários, a recomendação dos especialistas não foge do que já é amplamente discutido — é necessário o corte imediato das emissões de gases de efeito estufa.

Fonte: Nature Sustainability via: University of Exeter