"Árvores mecânicas" absorvem CO2 com mais eficiência do que vegetação natural
Por Wyllian Torres | Editado por Patricia Gnipper | 24 de Janeiro de 2022 às 18h10
Uma árvore mecânica capaz de remover dióxido de carbono (CO2) da atmosfera seria uma ferramenta eficaz para os esforços contra as mudanças climáticas. O sistema, desenvolvido pela empresa sueca Climeworks, é até milhares de vezes mais eficiente na captura de carbono do que as árvores naturais.
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Segundo Klaus Lackner, professor da Arizona State University (ASU) e que está à frente da árvore mecânica, a Climeworks é pioneira na captura direta do ar para remoção de carbono e em seu armazenamento seguro.
Ele explicou que o sistema é formado por colunas verticais onde discos revestidos de resina química, com um metro e meio de diâmetro, são empilhados, tendo cinco centímetros de distância um do outro. Conforme o ar passar por esses discos, o carbono é absorvido pela superfície deles. Dentro de 20 minutos, os discos ficam pesados de CO2 e afundam em um barril na base na estrutura. “Enviamos água e vapor para liberar o CO2 em um ambiente fechado”, acrescentou Lackner.
Soluções da geoengenharia
No ano passado, a Climeworks recebeu US$ 2,5 milhões em financiamento do Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês) para desenvolver seu sistema de árvores mecânicas no país.
Na ocasião, a empresa planejava construir três fazendas que poderiam, cada uma, absorver até 1.000 toneladas de CO2 ao dia. Ao que tudo indica, a primeira será inaugurada em abril deste ano.
Outro ponto forte da árvore mecânica é a baixa necessidade de energia que ela exige quando comparada a outros projetos de geoengenharia. Além disso, ela não apenas captura o carbono, mas também o armazena de forma segura.
Ainda assim, Lackner destacou que a tecnologia ainda está em desenvolvimento e, portanto, ainda são necessários ajustes em parceria com o DOE para que o serviço seja implementando em escala nacional e por um valor acessível.
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