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Bill Gates investe em projeto para "escurecer" o Sol contra o aquecimento global

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 Marques Brownlee
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Bill Gates

O fundador da Microsoft, Bill Gates, vem sendo motivo de discussão nos últimos dias, dessa vez por um tema sem relação com a pandemia da COVID-19. O bilionário anunciou que está financiando um projeto ambicioso da Universidade de Harvard para tentar enfrentar o aquecimento global e, consequentemente, as mudanças climáticas.

O projeto, que se chama Experimento de Perturbação Controlada Estratosférica (SCoPEx), tem o objetivo de reduzir a luz solar que incide no planeta Terra, borrifando na atmosfera poeira atóxica de carbonato de cálcio (CaCO3), fazendo com que a radiação volte ao espaço. Basicamente, o método de geoengenharia solar "escureceria" o Sol.

O primeiro teste será realizado ainda em junho na Suécia, com os pesquisadores enviando ao céu um balão com equipamentos científicos que irão testar a capacidade de operação e comunicação do projeto. A iniciativa já vem sendo debate de ambientalistas que temem que o efeito seja oposto, com a estratégia deixando o entendimento de que há um "sinal verde" para continuar com as emissões de gases nocivos, sem trazer mudanças de comportamento.

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Cientistas também se preocupam com os efeitos do projeto, citando situações que aconteceram no passado, quando erupções vulcânicas que liberaram aerossóis na atmosfera e não só resfriaram a Terra como acabaram trazendo devastações duradouras, como secas.

Os cientistas ainda não sabem qual quantidade de CaCO3 precisa ser liberada na atmosfera para o resfriamento do planeta, tampouco se essa poeira é a melhor opção para cumprir o trabalho com a eficácia desejada. Estudos anteriores, no entanto, já sugeriram que essa substância seja a melhor opção para reduzir o aquecimento estratosférico.

Assim que houver a confirmação de que a substância é segura, o balão será enviado novamente para liberar os aerossóis e fazer o registro em tempo real dos resultados. Segundo o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o SCoPEx pode reduzir as temperaturas globais em 1,5 °C, mas com o investimento de entre US$ 1 a US$ 10 bilhões ao ano.

Fonte: Forbes