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Anvisa: 25% dos alimentos vegetais têm agrotóxicos acima do limite

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Dezembro de 2023 às 17h07

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Nesta quarta-feira (6), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou os resultados de sua análise sobre a presença de agrotóxicos em alimentos de origem vegetal vendidos no país. Considerando as amostras de 2022, o estudo revela que 25% destes produtos têm resíduos de agrotóxicos acima do permitido ou sem autorização.

Como parte do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), foram analisadas em laboratório 1,7 mil amostras de alimentos coletados em supermercados de todo o Brasil. Isso inclui legumes, hortaliças, frutas, café em pó, aveia e itens importados (como peras), por exemplo.

Para a Anvisa, a identificação de um quarto dos alimentos fora dos padrões em relação ao uso de agrotóxicos demanda mais ações de controle. “A inconformidade é um sinal de erros no processo produtivo e na adoção de boas práticas agrícolas”, afirma a agência, em nota. Potencialmente, isso causa riscos à saúde humana.

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Alimentos são seguros?

No relatório do ano passado, a Anvisa aponta que 41,1% dos alimentos de origem vegetal não tinham resíduos de agrotóxicos. Além disso, outros 33,9% continham defensivos agrícolas dentro do limite permitido.

Por outro lado, 25% dos itens analisados não se enquadravam nos critérios de segurança analisados. Mais grave, três amostras (0,17%) apresentavam risco agudo à saúde do consumidor. Em outras palavras, podiam fazer mal se consumidos em grandes quantidades, em um intervalo curto de tempo. Em relação ao risco crônico — associado com danos duradouros —, nenhum dos produtos foi identificado.

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No entendimento dos especialistas, “os alimentos de origem vegetal consumidos [pelos brasileiros] são seguros quanto aos potenciais riscos de intoxicação aguda e crônica”. Isso porque “as situações de risco agudo encontradas foram pontuais e de origem conhecida”, conforme relatam.

Queda no risco

É importante destacar que os resultados do ano passado melhoraram um pouco em relação aos achados de 2018 e 2019 — a pesquisa foi interrompida em 2020 e 2021 por causa da pandemia da covid-19.

Naquela época, foram analisados 3,2 mil alimentos. Nesse recorte, 33,2% não tinham resíduos, 41,2% tinham resíduos dentro do que é permitido e 25,6% tinham inconformidades. Foram 18 amostras classificadas como um risco agudo ao consumidor.

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Controle dos agrotóxicos

Para explicar a melhora, a Anvisa destaca as ações de controle no uso de agrotóxicos. “Um dos principais motivos dessa evolução foi a proibição do uso de carbofurano no processo de reavaliação e a exclusão do uso de carbossulfano na cultura de citros [plantas cítricas]”, destaca a agência. A metidationa e o formetanato também tiveram o uso restringido.

Fonte: Anvisa