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Gestão de Mark Zuckerberg se torna mais inflexível e afasta demais executivos

Por| 19 de Novembro de 2018 às 14h42

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Segundo relatório publicado nesta segunda-feira (19) pelo The Wall Street Journal, Mark Zuckerberg disse, em reuniões feitas com o alto escalão do Facebook ao longo do ano, que a empresa está em ritmo de guerra e precisa agir de acordo.

No início de 2018, no auge das polêmicas enfrentadas pelo vazamento de dados à Cambridge Analytica e uso da rede social para influenciar processos eleitorais em todo o mundo, Zuckerberg teria reunido cerca de 50 executivos, dizendo a eles que a empresa se encontrava em guerra. Já em junho, ele afirmou que, em tempos de paz, seria correto aguardar que todos pudessem se mover mais lentamente e garantir participação nas tomadas de decisão. Entretanto, com a empresa cercada por legisladores, a pressão dos investidores e usuários por resoluções para os problemas exigia uma postura mais decisiva.

A mudança de postura do CEO fez com que muitos executivos ficassem incomodados. Dentre eles está Sheryl Sandberg, chefe operacional da rede social. Em junho de 2018, quando Sandberg estava completando seis anos de atuação no conselho de administração da empresa, ouviu do próprio Zuckerberg que ele a culpava pelos vazamentos, afirmando também que ela deveria ter sido mais agressiva na alocação de recursos para a resolução dos problemas. Posteriormente, Sandberg confidenciou a colegas de trabalho que ficara insegura quanto às críticas do CEO.

Entretanto, Zuckerberg parece estar satisfeito com a melhoria dos últimos meses. Ele teria dito a repórteres, na semana passada, que Sandberg "é uma parceira muito importante para mim, e continua a ser, e continuará a ser". Aparentemente, a COO pode respirar aliviada, sem medo de perder seu emprego.

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Mas outros executivos não podem dizer o mesmo. Os co-fundadores do Instagram, rede social que também é controlada por Zuckerberg, renunciaram aos seus cargos em setembro de 2018 após se posicionarem contra o CEO na questão de compartilhamento de dados de localização dos usuários para melhorias no direcionamento de anúncio. A mudança começou a ser testada logo após a saída deles. Já os co-fundadores do WhatsApp, também controlado pela empresa, também se demitiram após bater de frente com Mark sobre geração de receitas com o serviço de mensagens instantâneas. Zuckerberg teria mandado embora, ainda, Brendan Iribe, o co-fundador da Oculus VR, após embates sobre o futuro dos fones de realidade virtual Oculus Rift.

Toda a inflexibilidade de Zuckerberg, entretanto, parece ter data para terminar: segundo o CEO, o Facebook está no meio de uma reviravolta que durará até o ano de 2019, quando as margens de lucro da empresa não estarão mais sob pressão e sofrendo os impactos dos gastos que precisaram ser feitos com segurança digital. Até lá, o Facebook continua extremamente lucrativo, tendo registrado lucro líquido superior a US$ 5 bilhões no terceiro trimestre de 2018.

Fonte: Wall Street Journal via 9to5mac