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Amazon enfrenta novas investigações antitruste

Por| 15 de Junho de 2020 às 10h31

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Depois de informações de que a União Europeia está pronta para abrir formalmente uma acusação antitruste contra a Amazon pelo uso de dados de terceiros, a empresa enfrenta novas investigações. Desta vez, dois estados dos Estados Unidos, Califórnia e Washington, estão se preparando para acusar a companhia de favorecer seus produtos em detrimento dos demais varejistas.

Como foi dito anteriormente, esta não é a primeira vez que a Amazon é acusada de usar sua posição como operadora do marketplace para se beneficiar dentro da própria plataforma, já que ela também vende produtos em seu site.

Ainda este ano, o Wall Street Journal reportou que os funcionários de Jeff Bezos usavam dados de varejistas independentes para ajudar a desenvolver seus próprios produtos. Isso teria acontecido apesar das regras estipuladas pela Amazon que proibiam este tipo de coleta de informação.

Na ocasião, a Amazon prometeu lançar uma investigação interna sobre o caso, mas o relatório gerou uma nova apuração dos legisladores norte-americanos. Os democratas do Comitê Judiciário da câmara disseram à imprensa que pediram à empresa que esclarecesse suas políticas de dados, enquanto o senador Josh Hawley (Missouri) pediu uma averiguação antitruste criminal.

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O poder das techs

Além disso, a Amazon, junto de outras gigantes de tecnologia como Apple, Facebook e Alphabet vão depor diante de um comitê parlamentar da Câmara dos Deputados norte-americana na próxima terça-feira (16), em uma audiência para discutir o enorme poder de mercado exercido pelas plataformas online.

Em comunicado na terça-feira (9), o subcomitê antitruste do Comitê Judiciário da Câmara disse que os depoentes incluirão: Adam Cohen, diretor de política econômica do Google; Nate Sutton, conselheiro geral associado de regulamentação na Amazon; Matt Perault do Facebook e o chefe de desenvolvimento de políticas globais e vice-presidente de direito corporativo da Apple, Kyle Andeer.

A Apple e o Google não responderam a um pedido de comentário. O Facebook não tinha nenhum comentário imediato. A porta-voz da Amazon, Jodi Seth, disse que eles irão testemunhar, mas não compartilhou detalhes.
As audiências acontecem enquanto o Comitê Judiciário da Câmara está sondando a concorrência nos mercados digitais como parte de uma investigação anunciada no mês passado, com republicanos e democratas expressando preocupação com o poder exercido por várias das empresas mais valiosas do mundo.

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Conservadores, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, reclamam que as redes sociais estão agindo para calar vozes que não concordam em suas plataformas. Enquanto isso, progressistas como a candidata presidencial Elizabeth Warren pediram que a Amazon, o Google e o Facebook vendessem empresas que compraram anteriormente como forma de lidar com questões de concorrência.

Além disso, o Facebook deve pagar uma multa de US$ 5 bilhões por conta do escândalo de mau uso de dados pela consultoria Cambridge Analytica, que obteve informações de milhões de usuários do Facebook sem a permissão deles. A empresa foi contratada pelo presidente Donald Trump para sua campanha presidencial nos EUA em 2016.

Fonte: Business Insider, Reuters e Axios