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Distribuidora é acusada de lançar jogo pirateado no Steam

Por| Editado por Jones Oliveira | 02 de Março de 2021 às 13h05

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Distribuidora é acusada de lançar jogo pirateado no Steam
Distribuidora é acusada de lançar jogo pirateado no Steam

O relançamento da versão Steam do jogo de terror The Sinking City se tornou uma das histórias bizarras desta semana no noticiário de games, depois que a desenvolvedora Frogwares acusou sua distribuidora original, a Nacon, de piratear o título. De acordo com os criadores originais, um desacordo entre as duas partes fez com que o retorno do título acontecesse de forma irregular e a partir de uma cópia pirateada.

Em publicações nas redes sociais e em seu site oficial, a produtora pede que os jogadores não comprem The Sinking City por meio do Steam e taxa a nova disponibilidade do título na plataforma como ilegal. De acordo com a Frogwares, a Nacon adquiriu uma versão do game sem proteção contra cópias, através da loja Gamesplanet, e realizou modificações para remover logos e outros indicadores originais do marketplace, onde o título está disponível de forma oficial.

A acusação vai além e aponta que a distribuidora teria adquirido uma versão Deluxe de The Sinking City, com direito a conteúdos adicionais que nem mesmo faziam parte do acordo original com a distribuidora. Um post no blog da Frogwares detalha todas as alterações, que também envolvem quebras de criptografia, mudanças no tamanho de instaladores e dos arquivos disponíveis, além da remoção de propagandas de outros games da mesma desenvolvedora, com links diretos para compra no Steam.

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A própria retirada do título está relacionada aos problemas entre as duas partes, que datam desde o lançamento original, em junho de 2019. A Frogwares chegou a acionar a Nacon judicialmente, na França, devido a tentativas de roubo de propriedades intelectuais, atrasos em pagamentos e descumprimento de contrato, enquanto a distribuidora pede, também judicialmente, que a produtora volte a disponibilizar o game no Steam.

Essa decisão, entretanto, ainda não teria sido dada pela corte francesa, o que não impediu o CEO da Nacon, Alain Falc, de dar um ultimato. Em 28 de dezembro de 2020, ele teria informado a Frogwares que eles tinham 48 horas para republicar The Sinking City; o prazo, claro, não foi cumprido, mas para surpresa dos criadores originais, na última semana, o título voltou a estar disponível mesmo assim.

Os fatos, agora, serão levados aos tribunais e anexados ao processo já em andamento, com a produtora acusando sua antiga distribuidora de tentar usar seu poder econômico e posição no mercado francês, onde teria um valor estimado de US$ 850 milhões, para tentar forçar a mão da desenvolvedora. Entre os apontamentos está o fato de que o trabalho de quebra da criptografia do game não é fácil e teria envolvido a contratação de profissionais, justamente, para piratear o título.

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Em resposta, a Nacon lamentou que a Frogwares continue “tentando interromper o lançamento de The Sinking City”. A empresa afirmou que o título nem mesmo existiria se não fosse o esforço de marketing e financiamento, na casa dos US$ 12 milhões, feito pela companhia nos últimos anos, e acusa a desenvolvedora de tentar mudar os termos do contrato agora que o game já está finalizado.

A empresa diz, apenas, desejar que os termos do acordo original sejam cumpridos, em vez de mudados em favor da produtora, de forma unilateral. A Nacon lembrou, também, que foi a própria Frogwares quem a procurou com a ideia original de The Sinking City, mas não comentou diretamente sobre as acusações de upload ilegal de uma versão do game para o Steam.

Em análise no Canaltech, The Sinking City foi elogiado pela ambientação e pela história lovecraftiana, que fala sobre loucura e violência em uma cidade inundada e decrépita. Entretanto, os combates nada inspirados, assim como os poderes sobrenaturais do personagem principal, entram no caminho de um mundo aberto não tão recheado, mas interessante e que deixa o jogador livre para agir, ainda que dentro de certos limites.

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Fonte: Frogwares, GameSpot