Coleta de dados da Apple será baseada em "Privacidade Diferencial"; entenda

Pela primeira vez em sua história a Apple está adotando a "Privacidade Diferencial", que promete proteger ainda mais os dados dos usuários de seus dispositivos. A novidade, apresentada na WWDC, no entanto, ficou sem maiores detalhes, pelo menos até agora.

A Maçã sempre se destacou pela segurança de informações dos proprietários de seus dispositivos, mas a fim de ajudar o desenvolvimento da inteligência artificial, tornando-a mais consciente sobre seus usuários, a gigante da tecnologia optou por trabalhar com um paradoxo interessante.

Durante o evento, o presidente sênior de engenharia de software da companhia, Craig Federighi, reconheceu a tendência crescente de que a coleta de informações do usuário é fundamental para o desenvolvimento de softwares de qualidade, especialmente em uma época onde se demanda grandes análises de dados e aprendizagem de máquina. Para lidar com o conflito, a resposta do executivo foi a aplicação da chamada "privacidade diferencial".

Mas afinal, o que isso significa? A privacidade diferencial se baseia em um sistema de inteligência artificial que permite a manutenção do anonimato dos usuários, enquanto dados estatísticos são coletados. Dessa forma, é estabelecida uma série de regras para a coleta de informações, visando a manutenção da privacidade das pessoas.

Em entrevista ao Recode, a Apple explicou que a privacidade diferencial será exigida em quatro áreas, incluindo novas palavras que os usuários adicionam aos seus dicionários locais; emojis utilizados de forma que a Maçã consiga sugerir substituições; deep links utilizados dentro de aplicativos; e dicas de pesquisas dentro das notas.

Vale lembrar que independentemente da mudança, a obtenção de informações por parte da Apple continuará dependendo da autorização do usuário, e as novas coletas começarão a funcionar a partir dos novos sistemas operacionais iOS 1O e macOS Sierra.

Fonte: Ubergizmo