YouTube testa “esconder” número de dislikes nos vídeos da plataforma
Por Ramon de Souza | Editado por Claudio Yuge | 30 de Março de 2021 às 22h20
O YouTube está testando uma novidade bastante curiosa — a plataforma pretende esconder o número de “dislikes” dos vídeos, impedindo que os internautas saibam quantas pessoas não estão gostando de determinado conteúdo. O principal objetivo seria mitigar a ação de campanhas coordenadas de ódio, visto que é cada vez mais comum vermos grupos organizados utilizando tal botão de maneira abusiva simplesmente para reduzir a reputação de determinado clipe (geralmente por motivos políticos e/ou culturais).
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A novidade foi noticiada pelo 9to5Google, que confirmou com o Gigante das Buscas que, de fato, tal teste está sendo efetuado; a companhia ressalta, porém, que os criadores de conteúdo continuarão enxergando tais estatísticas normalmente no Studio, tendo uma noção sincera do feedback de seus espectadores; ao internauta, porém, será exibido simplesmente o botão “Dislike”, mas sem uma contagem específica de quantas pessoas “descurtiram” aquele clipe.
“Para os espectadores, se você estiver no experimento, ainda pode gostar ou não gostar de um vídeo para compartilhar seu feedback com os criadores e ajudar a ajustar as recomendações que você vê no YouTube”, teria comentado a empresa com o veículo em questão, adicionando ainda que o teste foi criado “em resposta aos feedbacks dos criadores a respeito de bem-estar e campanhas direcionadas de dislikes”. Porém, não sabemos exatamente quantas pessoas (e em quais países) participam de tal teste.
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a plataforma realiza ações destinadas a melhorar o bem-estar dos criadores de conteúdo — em agosto de 2019, o YouTube também passou a omitir a quantidade completa de inscritos em determinado canal. Na época, a marca afirmou que esperava que “isso ajude todos os criadores a se concentrarem em contar suas histórias e vídeos e tenham menos pressão com relação aos números”, não se preocupando tanto com estatísticas.
Fonte: 9to5Google