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Google removeu 3,4 bilhões de anúncios irregulares em 2021

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 05 de Maio de 2022 às 16h39

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PhotoMIX Company/Pexels
PhotoMIX Company/Pexels

O Google apresentou um relatório de segurança sobre a publicidade online e dados interessantes do Google Ads. Segundo a gigante das buscas, foram removidos mais de 3,4 bilhões de anúncios, restringidas 5,7 bilhões de publicidades e suspensas mais de 5,6 milhões de contas de anunciantes.

Foram bloqueadas também mais de 1,7 bilhão de páginas que levavam para sites indevidos (sem relação com o conteúdo ou com tentativas de fraudes) e adotadas medidas severas contra 63 mil sites que demonstraram violações repetidas das diretrizes do serviço.

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Uma das técnicas mais usadas é chamada cloaking ou manipulação de texto, que exibe um tipo de conteúdo para os avaliadores humanos e sistemas do Google e outro diferente para os usuários. Para barrar essa espécie de fraude, a empresa começou a verificar a identidade dos anunciantes e a monitorar as atividades executadas de modo coordenado entre diferentes contas.

Sempre que um anunciante não conclui o programa de verificação do Google, a conta é automaticamente suspensa. Entre 2020 e 2021, triplicou o número de contas suspensas. A verificação não é exigida de todos, mas somente de perfis monitorados ou com volume muito grande de anúncios.

Todas essas medidas foram tomadas para evitar ameaças à segurança dos usuários do buscador do Google, já que propagandas que levam para sites enganosos ou maliciosos podem trazer imensos transtornos. “Seguimos investindo nessas políticas, em equipes especializadas e em tecnologia que ajude a garantir o cumprimento das regras. Nosso objetivo é estar sempre à frente de possíveis ameaças”, afirmou a empresa.

Novas políticas para novos tempos

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Foram criadas ou atualizadas mais de 30 políticas para anunciantes e publishers, além de um sistema de avisos para casos de violações repetidas. O Google também passou a proibir discursos que neguem mudanças climáticas, questionem a eficácia das vacinas e, mais recentemente, apoiem a invasão da Ucrânia.

Neste último, a ideia é coibir tentativas de lucrar ou explorar a guerras. Isso foi incluído no rol de proibição de monetização com anúncios em conteúdos que incitem a violência ou neguem a existência de acontecimentos trágicos, como o Holocausto, por exemplo.

Também foram punidos com perda de monetização os veículos de imprensa financiados pelo governo russo, em todas as plataformas do Google, o que inclui o YouTube. Foram bloqueados mais de 8 milhões de anúncios sobre a guerra e mais de 60 sites jornalísticos com vínculos ao Kremlin.

Pandemia também impactou

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Para minimizar a disseminação de conteúdos falsos ou duvidosos, o Google passou a bloquear links de anúncios apontados para cerca de 500 mil páginas que descumpriam regras sobre a covid-19. Eram sites que traziam afirmações comprovadamente falsas sobre a ciência, mentiras sobre a vacinação contra o coronavírus ou tentativas de desqualificar o processo eleitoral.

Desde o início da pandemia, o Google bloqueou mais de 106 milhões de anúncios negativos relacionados à covid-19 e passou a divulgar conteúdos produzidos por ONGs e governos locais. No campo político, o Google assinou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar impedir os criminosos de espalharem boatos infundados sobre fraudes eleitorais ou sobre problemas com urnas eletrônicas.

O Google Ads é a principal ferramenta de publicidade da internet, voltada para quem deseja divulgar sites ou projetos no buscador, no YouTube e demais serviços da companhia. Embora seja pago, há várias regras que os anunciantes devem se submeter, criadas para evitar o abuso por criminosos.

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Fonte: Google